O engenheiro Luiz Carneiro, diretor do Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro), destacou a importância de priorizar o projeto de extensão do metrô até Niterói e São Gonçalo, municípios da Região Metropolitana do Rio. Durante entrevista à Super Rádio Tupi, Carneiro enfatizou que a obra atenderia cerca de dois milhões de habitantes dessas cidades, proporcionando um transporte público mais eficiente.
“A conclusão da estação da Gávea é importantíssima, por causa da segurança, entre outros fatores. Mas é muito importante atentarmos que é preciso fazer a ligação da Linha Dois com o outro lado da Baía de Guanabara. Precisamos levar o metrô a Niterói e São Gonçalo, onde há dois milhões de habitantes precisando de um transporte público como o metrô. É um projeto que existe e está parado e beneficiaria toda a população do outro lado. Precisamos fazer a ligação entre o Estácio, Carioca, Barcas, e até Guaxindiba. Esse trecho seria todo subterrâneo e é muito fácil cruzar a Baía por um túnel na rocha, cerca de 5 quilômetros e meio de extensão”, afirmou Carneiro, que acompanhou o presidente do Crea-RJ, engenheiro Miguel Fernández, em uma entrevista na Rádio Tupi.
Impacto da extensão do metrô
De acordo com Carneiro, a conclusão da estação da Gávea é crucial por questões de segurança, mas a ligação da Linha 2 do metrô com Niterói e São Gonçalo é uma prioridade que beneficiaria toda a população da região. O projeto envolveria a construção de um túnel subterrâneo de 5,5 km, cruzando a Baía de Guanabara, facilitando a mobilidade entre os dois lados da cidade.
“Levar o metrô a Niterói e São Gonçalo beneficiaria toda a população do outro lado da Baía”, disse o engenheiro, que participou do projeto original do metrô nos anos 1970, durante o governo Negrão de Lima.
Retomada das obras da estação Gávea
O presidente do Crea-RJ, Miguel Fernández, também participou da entrevista e abordou a possível retomada das obras da Linha 4, que inclui a conclusão da estação Gávea. Paralisadas desde 2015, as obras devem ser retomadas graças a um acordo entre o governo estadual, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e a concessionária MetrôRio. O investimento estimado é de R$ 600 milhões, com a prorrogação da concessão por mais 10 anos.
“A retomada dessa obra é fundamental para garantir segurança à sociedade e à universidade no entorno. Vamos assegurar que essa obra seja executada com engenharia adequada”, afirmou Fernández.
Crea-RJ garantirá fiscalização das obras
O Crea-RJ se comprometeu a fiscalizar as obras, garantindo que o cronograma seja cumprido com segurança e evitando novos adiamentos. A prioridade é a segurança da estação e evitar que a conclusão das obras seja protelada ainda mais.
Atualmente, o metrô do Rio de Janeiro conta com 41 estações e 57 quilômetros de extensão, sendo o quarto maior sistema em extensão no Brasil e o terceiro maior em movimentação de passageiros, com uma média de 660 mil usuários por dia.