Brincando e se divertindo, Rayssa Leal fez história nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Na estreia do skate na competição mais importante do esporte mundial, a brasileira de apenas 13 anos conquistou a medalha de prata e se tornou a mais jovem atleta do Brasil, entre homens e mulheres, a subir ao pódio na história olímpica. “Não caiu a ficha ainda. Poder representar o Brasil e ser uma das mais novas a ganhar uma medalha. Eu estou muito feliz, esse dia vai ser marcado na história. Eu tento ao máximo me divertir porque eu tenho certeza de se divertindo as coisas fluem, deixa acontecer naturalmente, se divertindo”, afirmou a atleta, que cativou o público brincando, dançando, aplaudindo as manobras das adversárias e se divertindo enquanto competia contra as melhores do mundo na final em Tóquio.
O Brasil classificou três atletas para a primeira final do skate olímpico. Pâmela Rosa foi a se apresentar, na terceira bateria. Ela somou 10.06 pontos e, por ter errado três de cinco manobras, acabou ficando fora da final. Terminou em décimo lugar.
Depois foi a vez de Letícia Bufoni e Rayssa Leal entrarem na pista, na quarta e última bateria. Letícia marcou 10.91, mas terminou na nona colocação.
Na disputa que decidiu a medalha, Rayssa atingiu 14,64 e foi superada apenas pela japonesa Nishiya Momiji, com 15s26. Outra atleta da casa, Funa Nakayama fez 14,49 e ficou com o bronze.
Rayssa continuou se divertindo após subir ao pódio. Fez piada com a medalha, “pesa mais do que eu”, e levou um susto ao descobrir que tem mais de 2 milhões de seguidores no Instagram.
“O que é isso minha gente? Desde que comecei minhas redes sociais eu queria ter um milhão, hoje tenho dois, olha isso!”, festejou Rayssa.
A jovem skatista acredita que a medalha dará um impulso ao skate feminino e incentivará meninas como ela a não terem medo de praticar a modalidade.
“Saber que muitas meninas já me mandaram mensagem no Instagram falando que começaram a andar de skate ou os pais deixaram andar de skate por causa de um vídeo meu, eu fico muito feliz porque foi a mesma coisa comigo. Minha história e a história de muitas outras skatistas que quebraram todo esse preconceito, toda essa barreira de que o skate era só para menino, para homem, e saber que estou aqui e posso segurar uma medalha olímpica, é muito importante para mim”, afirmou.
Comitê Olímpico do Brasil
Foto: Wander Roberto/COB