O Itaú Unibanco vai leiloar 24 imóveis próprios que abrigavam agências físicas desativadas em diferentes regiões do Brasil. O movimento, impulsionado pela crescente digitalização dos serviços bancários, faz parte da estratégia de enxugamento de estrutura física adotada por diversos bancos nos últimos anos.
O leilão, organizado em parceria com uma empresa especializada no setor, pode render ao banco mais de R$ 85 milhões. Entre os lotes disponíveis estão prédios comerciais, lojas, terrenos, unidades residenciais e até vagas de garagem, distribuídos por 13 cidades brasileiras, incluindo capitais como São Paulo, Belo Horizonte e Salvador.
Imóvel em Ipanema é o mais caro do leilão
O destaque do leilão está no Rio de Janeiro, onde será ofertada uma antiga agência bancária localizada na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, próximo à Praça General Osório — uma das áreas mais valorizadas da cidade. O imóvel está desativado há mais de um ano e terá lance inicial de R$ 19,2 milhões.
Apesar do valor elevado, ele está dentro da média da região. Ipanema tem um dos metros quadrados comerciais mais caros do Brasil, variando entre R$ 13 mil e R$ 18 mil, dependendo da exata localização. No ranking imobiliário do Rio, o bairro só fica atrás do Leblon.
Leilão reflete nova fase dos bancos
A medida do Itaú segue a tendência de redução de agências físicas por conta da maior adesão ao internet banking e aplicativos de atendimento digital. Com menos clientes utilizando os espaços físicos, os bancos têm apostado na venda de ativos imobiliários para enxugar custos e ampliar investimentos em tecnologia.