
Na madrugada de domingo para segunda-feira (16), Israel lançou uma nova ofensiva aérea contra alvos estratégicos no Irã, intensificando ainda mais o conflito armado entre os dois países. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), os ataques tiveram como alvo instalações de mísseis terra-terra localizadas no centro do território iraniano, por volta das 2h no horário de Teerã (19h em Brasília).
O porta-voz das IDF, tenente-coronel Nadav Shoshani, afirmou que Israel está agindo tanto de seu espaço aéreo quanto do espaço aéreo iraniano. Ainda de acordo com os militares israelenses, os bombardeios destruíram locais de produção de armamentos do regime iraniano em uma operação de grande escala.

Irã reage e promete novas ofensivas
A agência iraniana Mehr noticiou que as forças de segurança frustraram um ataque israelense na região de Parchin, no sudeste do Irã. Já o Exército iraniano, em publicação na rede social X, anunciou o início de uma nova fase da “Operação Verdadeira Promessa 3”, que teria como alvo os territórios ocupados da Palestina.
Segundo o Ministério da Saúde do Irã, desde o início das hostilidades, 224 pessoas morreram e 1.277 ficaram feridas no país. No entanto, a ONG Human Rights Activists divulgou uma estimativa ainda mais alarmante: 406 mortos e 654 feridos em território iraniano.
Mortes em Israel e início do confronto
Do lado israelense, o número de mortos subiu para 14, incluindo 11 vítimas fatais somente neste fim de semana em razão dos ataques com mísseis lançados pelo Irã. A tensão teve início na sexta-feira (13) — noite de quinta-feira (12) no horário de Brasília —, quando Israel executou um ataque inédito em solo iraniano, alegando querer impedir que o país avance em seu programa nuclear.
Como retaliação, o Irã disparou mísseis balísticos contra cidades israelenses, como Tel Aviv, Jerusalém e Haifa, ferindo dezenas de pessoas. O aiatolá Ali Khamenei declarou que Israel cometeu um grave erro ao iniciar essa escalada, e acusou o país de provocar uma guerra aberta.
Trump fala em cessar-fogo, mas mantém apoio a Israel
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (15) que espera um acordo de cessar-fogo entre Irã e Israel, mas ressaltou que “às vezes os países precisam lutar para chegar a um entendimento”. Trump evitou responder se solicitou a suspensão dos ataques por parte de Israel, mas reforçou que os EUA continuarão apoiando a defesa de seu aliado no Oriente Médio.
Segundo fontes da imprensa americana, Trump teria vetado um plano de execução do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, proposto por Israel.
As declarações ocorreram enquanto o presidente americano embarcava para o Canadá, onde participa da cúpula do G7.
Resumo da crise entre Israel e Irã
- Ataques israelenses começaram na sexta-feira (13), com bombardeios inéditos no Irã.
- Em retaliação, o Irã lançou mísseis balísticos contra cidades israelenses, como Tel Aviv e Jerusalém.
- Estimativas apontam pelo menos 238 mortos nos dois países — maioria no Irã.
- Trump diz querer cessar-fogo, mas garante apoio à defesa de Israel.
- Situação segue tensa, com explosões registradas em Teerã e grandes cidades israelenses.
O cenário permanece instável, com ameaça de ampliação do conflito no Oriente Médio, exigindo atenção internacional e esforços diplomáticos urgentes.