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Donald Trump retorna à Casa Branca

Confira os detalhes da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais e seu retorno à presidência dos Estados Unidos.

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O candidato republicano Donald Trump, de 78 anos, garantiu o retorno à Casa Branca ao vencer as eleições presidenciais realizadas nesta terça-feira (5). A projeção da Associated Press (AP), divulgada nesta quarta-feira (6), confirmou que Trump atingiu os votos necessários para um novo mandato como presidente dos Estados Unidos.

Vitória confirmada e discurso

A projeção da vitória foi anunciada por volta das 7h30, quando Trump ultrapassou a marca de 270 delegados no Colégio Eleitoral, requisito para ser declarado vencedor. Em um discurso de vitória, o republicano destacou os desafios enfrentados e reafirmou seu compromisso com o povo norte-americano. Diversos líderes globais e personalidades parabenizaram o ex-presidente por sua conquista.

Retorno à Casa Branca após quatro anos

Trump, que foi presidente entre 2016 e 2020, retorna ao cargo após perder as eleições para Joe Biden em 2020. Seu vice-presidente será JD Vance, consolidando o domínio do magnata sobre a direita norte-americana. A campanha explorou questões como a fragilidade econômica e a insatisfação popular, pilares que foram decisivos para mobilizar seus eleitores.

De acordo com a projeção da CNN, Trump conquistou 276 votos dos 538 disponíveis no Colégio Eleitoral, superando os números necessários para a vitória. Ele também dominou os sete Estados-pêndulo, apresentando um desempenho superior ao das eleições de 2016. Além disso, Trump registrou um feito raro para um republicano: venceu no voto popular, recebendo 68 milhões de votos contra 62,9 milhões de Kamala Harris, candidata democrata.

Impacto e controvérsias

Embora tenha sido elogiado por sua base por prometer fortalecer a economia, o republicano enfrentou críticas internacionais por seu histórico de desinformação e retórica polarizadora. Apesar disso, Trump retorna à Casa Branca como uma figura central na política global, prometendo mais quatro anos de medidas controversas e decisões polêmicas.

A Invasão ao Capitólio

Na manhã de 6 de janeiro de 2021, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump fez um discurso inflamado para milhares de apoiadores no National Mall, em Washington. Durante o pronunciamento, Trump atacou publicamente o então vice-presidente Mike Pence, criticando-o por não apoiar um esquema que visava rejeitar os votos eleitorais que confirmavam a vitória de Joe Biden.

Biden havia vencido Trump nas eleições de 2020 em uma disputa marcada por polarização e tensões. No entanto, Trump nunca reconheceu a derrota, afirmando repetidamente, sem evidências, que as eleições foram fraudadas. Esse discurso incendiário fomentou uma revolta que culminaria em um dos dias mais sombrios da democracia norte-americana.

Após o discurso, milhares de apoiadores de Trump marcharam em direção ao Capitólio, o principal símbolo da democracia dos EUA, enquanto o Congresso realizava uma sessão conjunta para certificar os votos do Colégio Eleitoral e oficializar a vitória de Biden. Durante a invasão, manifestantes atacaram policiais, causaram destruição e chegaram a ameaçar enforcar Mike Pence, que se recusou a subverter o processo democrático.

Parlamentares tiveram que ser evacuados às pressas enquanto os manifestantes tomavam o controle do edifício. A sessão foi retomada apenas na madrugada do dia seguinte, após o Capitólio ser declarado seguro.

Segundo relatos, incluindo testemunhos coletados pelo comitê que investigou o ataque, a filha de Trump, Ivanka Trump, pediu ao ex-presidente que intervisse para conter a violência. No entanto, Trump esperou horas antes de fazer uma declaração pública pedindo que seus apoiadores recuassem, o que intensificou as críticas sobre sua responsabilidade no motim.

O ataque ao Capitólio deixou um rastro de destruição e tragédia:

  • Cinco mortes, incluindo um policial, foram registradas durante ou logo após os eventos.
  • Mais de 140 policiais ficaram feridos.
  • Os danos ao edifício histórico somaram milhões de dólares.

Em resposta, autoridades prenderam mais de 1.100 pessoas envolvidas na insurreição. Destas, 630 se declararam culpadas e ao menos 110 foram condenadas após julgamento.

Condenado por fraude ao comprar silêncio de atriz pornô

Donald Trump, entrou para a história de forma inédita ao ser condenado por fraude contábil. A decisão foi anunciada por um júri em Nova York, que declarou Trump culpado de 34 acusações, de forma unânime.

A condenação está relacionada a um esquema de pagamento ilícito de US$ 130 mil à atriz pornô Stormy Daniels durante a campanha eleitoral de 2016. Segundo as investigações, o pagamento foi feito para comprar o silêncio da atriz sobre um suposto caso com Trump, protegendo sua imagem pública e influenciando o resultado das eleições, nas quais ele derrotou Hillary Clinton, do Partido Democrata.

Os promotores alegaram que o suborno foi maquiado como uma despesa comercial legítima, caracterizando um crime de fraude contábil. Essa prática, segundo a acusação, foi usada para interferir diretamente no processo eleitoral.

Após um julgamento que atraiu atenção mundial, os 12 integrantes do júri decidiram, de forma unânime, pela culpa de Trump em todas as 34 acusações relacionadas ao caso.