Victor Arthur Pinho Possobom, o padrasto filmado esmurrando e sufocando o enteado de 4 anos de idade, em um condomínio de Icaraí, Zona Sul de Niterói, se entregou à polícia na noite desta sexta-feira (16). Ele compareceu a 77ª DP (Icaraí) e depois foi encaminhado para a 76ª DP (Centro de Niterói).
A juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, em exercício na 1ª Vara Criminal de Niterói, havia decretado nesta sexta-feira (16) a prisão preventiva de Victor Possobom, acusado de torturar o enteado de quatro anos. As agressões foram flagradas por câmeras de segurança de um condomínio em Icaraí, Zona Sul de Niterói (Vídeo abaixo – Cenas fortes).
Dois vídeos mostram o padrasto agredindo o menino. O primeiro registro foi feito na recepção do condomínio e o segundo no elevador. As imagens seriam de fevereiro deste ano.
Na mesma decisão, a magistrada também aceitou a denúncia de tortura oferecida pelo Ministério Público, destacando de que há indícios suficientes de autoria e materialidade para a deflagração da ação penal e que se trata de delito grave.
“As imagens contidas na mídia acautelada em cartório não deixam dúvidas. Há que se reconhecer que a autoria resultou claramente indiciada, assim como comprovados os indícios de materialidade delitiva acerca da prática da conduta criminosa. Há nítida superioridade física do réu face à vítima, o que por si só já demonstra a crueldade da conduta e a condição de indefesso da mesma”. O processo tramita em segredo de justiça.
Existem também outras acusações contra Victor em algumas delegacias do Rio e também na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói. Dentre os crimes estão os de lesão corporal, lesão corporal culposa, injúria e ameaça. O advogado de defesa do acusado alega que seu cliente sofre de transtornos mentais e justifica as agressões com a condição psíquica do acusado.
A mãe da criança, Jéssica de Carvalho, 30 anos, esteve na delegacia acompanhada da advogada, e disse que só soube das imagens anteontem e espera que seja feita justiça. Ainda segundo a mãe da criança, mesmo sofrendo agressões físicas e psicológicas por parte do companheiro, contra quem inclusive move um processo por “maus tratos” na Justiça, não percebia o comportamento agressivo dele contra as crianças. Um funcionário do prédio viu as imagens e fez a denúncia no Conselho Tutelar e na 77ª DP (Icaraí).