
Niterói é reconhecida por suas praias e pela ligação cultural com o Rio de Janeiro, e a cidade também possui uma identidade própria e forte na gastronomia. Das tradições de pesca em Jurujuba aos bares de bairro que atravessam gerações, os sabores locais ajudam a contar a história da cidade.
Frutos do mar em Jurujuba
O bairro de Jurujuba é conhecido como reduto de pescadores desde o século XIX. Até hoje, o peixe frito, e frutos do mar em geral, servido em bares e restaurantes locais mantém viva essa tradição. Aos finais de semana turistas e moradores geralmente procuram o bairro para degustar os sabores do mar.
Os bares de São Francisco e Icaraí
Niterói tem uma cena de bares tradicionais que se destacam tanto pela comida quanto pela convivência. Regiões como São Francisco e Icaraí abrigam butecos que oferecem petiscos clássicos, como bolinho de bacalhau, sardinha frita e caldos variados. Muitos desses espaços se tornaram pontos de encontro histórico da boemia local. No Jardim Icaraí, a Rua Nóbrega e a Rua Leandro Mota se destacam por abrigar o Polo Gastronômico do Jardim Icaraí, com diversas opções. Já a orla da Praia de São Francisco abriga o Polo Gastronômico de São Francisco, também com diversas opções.


O “Italiano” de Niterói x o “Joelho” do Rio
Entre as maiores curiosidades da gastronomia local está o tradicional salgado de massa fofinha recheado com presunto e queijo. Em Niterói, ele é chamado de Italiano, enquanto no Rio de Janeiro recebe o nome de Joelho. A diferença vai além da nomenclatura: para os niteroienses, o salgado é símbolo da identidade da cidade, presente em padarias e lanchonetes há décadas. Essa “rivalidade gastronômica” virou quase uma rixa cultural, com debates acalorados sobre qual seria o nome verdadeiro do lanche. O fato é que, o Italiano continua sendo um dos salgados mais consumidos e queridos pelos moradores.
Vale a pena provar o tradicional Italiano da Húngara Lanches.

A influência portuguesa e fluminense
A forte presença da cultura portuguesa se reflete em pratos como a sardinha e o bolinho de bacalhau. Já a influência fluminense aparece nas variações de moquecas e nos preparos de frutos do mar, sempre valorizando a abundância da Baía de Guanabara. Vale a pena conhecer o tradicional Caneco Gelado do Mário, no Centro de Niterói e o Restaurante Seu Antônio, no Cafubá, Região Oceânica de Niterói.


Tradições em feiras e festas
Além dos bares e restaurantes, as feiras livres de Niterói são um retrato da culinária popular, oferecendo pastéis, caldo de cana e tapiocas. Já nas festas populares, como a de São Pedro em Jurujuba e eventos gastronômicos em bairros como Icaraí e Região Oceânica, a comida é parte central da celebração.
Vale a pena comer um bom pastel com caldo de cana na tradicional feira livre da Rua Lopes Trovão, ao lado do Estádio Caio Martins, em Icaraí, que acontece sempre aos sábados de manhã, das 6:30h até aproximadamente 14h.
Outra opção é comer a tradicional empada do Campo de São Bento, também em Icaraí.

Gastronomia e identidade cultural
A culinária de Niterói não se limita ao prato: ela conecta gerações, reúne famílias e fortalece tradições de bairro. A diversidade de sabores traduz a própria identidade da cidade, em que o mar, a história e a convivência formam uma combinação única. Até a próxima com mais dicas!