Esportes

O Niterói Rugby que eu vivi

A confraria do Niterói Rugby em bar que é ponto de encontro dos atletas no início da Paulo Gustavo e eu (Verônica).
A confraria do Niterói Rugby em bar que é ponto de encontro dos atletas no início da Paulo Gustavo e eu (Verônica).

Na minha coluna inaugural, falei do papel do jornalista, “que é um grande generalista: ele sabe um pouco de tudo e um tudo de nada”. Então, destacando essa generalidade que o jornalista sabe utilizar tão bem a seu favor, gostaria de destacar a experiência que tive ao levantar os 50 anos de fundação do Niterói Rugby junto aos seus atletas.

Nessa caminhada que tenho percorrido, desde novembro de 2022, descobri o valor do esporte que move os atletas, unindo-os com laços fortes de fraternidade, cumplicidade e parceria, e a força de um clube que, mesmo sem sede, é amado e respeitado por todos. Existe no Niterói Rugby Football Clube, ou no Niterói, como carinhosamente é chamado, um sentimento de gratidão dos seus atletas, tanto do rúgbi quanto do handebol (esses dois esportes que dignificam as cores vermelha e preta do NRFC). Além disso, o desejo de todos esses atletas é que o clube se perpetue e siga firme na sua trajetória, rumo a mais 50.

Escrever esse livro que vamos lançar no primeiro semestre deste ano, exigiu-me uma dedicação no que se refere às entrevistas que precisei realizar. No total, foram 70 atletas que ouvi, além dos recortes de jornais e pesquisas perpetradas para remontar esse cinquentenário de um clube que diz muito das nossas origens. Niterói é berço de várias influências de outras nacionalidades, como as portuguesas, italianas e inglesas. O rúgbi é um esporte inglês e chegou ao Brasil também pelas mãos de Charles Miller – aquele que trouxe a bola oval e a bola redonda do futebol.

Muito mais do que isso, o rúgbi é um esporte apaixonante porque tem regras claras e exige muita disciplina, espírito de coletividade e ética. São esses valores que contribuem para a formação do atleta e os impulsionam em busca da constante superação, assim como o handebol, também. E foi justamente essa força invisível do esporte, responsável por reunir pessoas, que mais me impactou e fez com que eu me sentisse uma pessoa privilegiada por ter a oportunidade de retratar essa história que faz parte dos anais da nossa cidade.

Viva o Niterói Rugby Football Clube!

    Reunião de atletas do Niterói Rugby na sala que o clube tem no Caio Martins em momento de grandes homenagens a Colin Turnbull e Pedro Cardoso (duas estrelas maiores do rúgbi e do handebol).