Muitas peças velhas escondem ouro puro usado em eletrônicos antigos - Créditos: depositphotos.com / AntonMatyukha
Muitas peças velhas escondem ouro puro usado em eletrônicos antigos - Créditos: depositphotos.com / AntonMatyukha

Muita gente descarta peças antigas sem saber que elas escondem ouro de 22 quilates usado para condutividade e alta precisão.

Esse metal precioso está presente em chips, conectores e placas obsoletas que hoje valem muito mais do que parecem. Enquanto alguns componentes usam ouro de 22 quilates (91,6% de pureza), outros contêm ouro ainda mais puro, próximo a 24 quilates, especialmente em aparelhos críticos como equipamentos médicos e militares.

Por que tantos componentes antigos usam ouro puro?

O ouro é extremamente valorizado em eletrônicos porque sua condutividade permanece estável mesmo após décadas, garantindo precisão em circuitos sensíveis.

Ele não oxida, resiste à umidade e mantém contato constante, algo essencial em aparelhos antigos de engenharia, telefonia, computadores e equipamentos de missão crítica. Essas propriedades fazem do ouro o metal ideal para conectores que precisam funcionar perfeitamente por muitos anos sem degradação.

Uma atenção importante: quanto mais antigo o equipamento, maior costuma ser a quantidade de ouro na camada de contato.

Onde exatamente o ouro aparece nos dispositivos descartados?

Ao desmontar aparelhos antigos, é possível identificar chips dourados e conectores metálicos com pequenas camadas do metal.

Esses pontos aparecem em locais específicos que, até hoje, surpreendem colecionadores e técnicos; veja nos itens a seguir que tipos de peças tendem a esconder mais valor.

  • Chips cerâmicos de computadores fabricados antes dos anos 2000.
  • Conectores de placas-mãe, placas de vídeo e módulos de memória.
  • Pinos de processadores antigos, especialmente modelos Pentium e anteriores.
  • Placas de telefones analógicos, centrais antigas e equipamentos militares.
  • Circuitos internos de micro-ondas e televisores de tubo (CRT) antigos.
  • Placas de equipamentos médicos e industriais com circuitos críticos.
Este aparelho doméstico que jogamos fora e que contém ouro de 22 quilates
Placas-mãe usam ouro para garantir conexões mais estáveis – Créditos: depositphotos.com / kvlada_art

Vale mesmo a pena recuperar esse ouro em casa?

Extrair ouro de sucata eletrônica pode ser lucrativo, mas exige cuidado porque envolve processos químicos específicos.

Muitas pessoas preferem vender as peças para recicladores especializados, que pesam a camada dourada e pagam conforme a pureza.

Dica rápida: quanto mais pesada e espessa for a cerâmica do chip, maior tende a ser a quantidade de ouro na região de contato.

  • Empresas de reciclagem pagam por gramas recuperadas.
  • Processos caseiros podem ser perigosos sem equipamentos de proteção.
  • Modelos raros podem valer mais por coleção do que pelo ouro.
  • Peças militares e industriais costumam ter maior pureza.

Quais itens esquecidos em casa podem valer milhares?

Equipamentos antigos guardados em gavetas podem conter placas valiosas usadas em tecnologias que hoje já não existem.

Alguns desses objetos se tornaram verdadeiras joias da reciclagem, justamente pela quantidade de metal precioso adicionada na época.

  • Videocassetes com placas internas de alta condutividade.
  • Computadores antigos completos, especialmente modelos corporativos.
  • Telefones analógicos profissionais com conectores banhados.
  • Aparelhos médicos e industriais com circuitos reforçados.