
Sentir déjà vu com frequência é uma experiência típica para muitas pessoas, mas ainda intriga a ciência. Este fenômeno chama atenção pela sensação repentina de familiaridade em situações novas. Pesquisadores buscam explicar por que o déjà vu se repete e quais mecanismos estão envolvidos.
- Como a ciência entende o déjà vu em termos neurológicos e psicológicos;
- Principais fatores e condições que podem causar episódios repetitivos desse fenômeno;
- Quando o déjà vu frequente pode ser sinal de algo além do comum.
O que realmente acontece no cérebro?
A sensação de déjà vu ocorre quando o cérebro processa uma informação como se já a tivesse vivenciado antes. Cientistas sugerem que esse fenômeno está ligado ao funcionamento da memória, em especial ao processamento entre memória de curto e longo prazo. As áreas cerebrais envolvidas, como o hipocampo e o córtex temporal, podem ativar essa sensação por uma breve falha de comunicação.
Pessoas que relatam com frequência geralmente descrevem momentos em que tudo parece intensamente familiar, embora saibam que é a primeira vez naquele contexto. Estudos de neurociência indicam que esses episódios ocorrem mais em adultos jovens, mas podem se apresentar em qualquer faixa etária.

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Por que algumas pessoas sentem déjà vu repetidamente?
Variações individuais podem explicar por que algumas pessoas experimentam déjà vu frequente. A ciência aponta alguns gatilhos comuns:
- Altos níveis de estresse ou fadiga mental;
- Alterações momentâneas no padrão de sono;
- Consumo de substâncias como cafeína ou falta de sono cumulativa;
- Predisposição genética e histórico familiar.
O déjà vu recorrente também pode ocorrer mais em pessoas com maior imaginação ativa ou que vivenciam situações novas constantemente. Crianças e adolescentes também percebem essa sensação, embora em frequência menor quando comparados a adultos.
Atenção: Sentir frequentemente, embora seja comum em algumas fases, pode indicar em casos raros a presença de pequenas descargas elétricas temporárias no cérebro, semelhantes às de uma crise epiléptica, mesmo sem a epilepsia diagnosticada. Nesses casos, avaliações neurológicas podem ser recomendadas para descartar alterações.
Déjà vu frequente pode sinalizar algo sério?
A ciência indica que a repetição constante normalmente não representa um problema de saúde. Porém, se vier acompanhada de sintomas como lapsos de memória, confusão mental ou alterações na percepção, exames médicos podem ser necessários.
O diagnóstico também deve considerar fatores emocionais e ambientais. Mudanças bruscas de rotina, sobrecarga e eventos traumáticos podem intensificar a sensação de familiaridade injustificada. Especialistas recomendam monitorar a frequência dos episódios e possíveis sinais associados, como desmaios ou dores de cabeça persistentes.
Déjà vu na vida cotidiana é normal e geralmente passageiro
- Déjà vu frequente costuma ser resultado de pequenas falhas temporárias nas conexões do cérebro, não sendo perigoso na maioria dos casos.
- Momentos de estresse, cansaço ou ambientes familiares podem facilitar o surgimento desse fenômeno.
- A busca por orientação médica só é necessária quando se associa a outros sintomas ou se torna muito recorrente, ultrapassando situações usuais.