Rio de Janeiro - O 1º de Abril, conhecido mundialmente como o Dia da Mentira, é uma daquelas datas que sempre chegam com um toque de humor e ironia, claro. Mas de onde surgiu essa tradição de contar mentiras e pregar peças? Por que esse dia ganhou tanta popularidade ao redor do mundo? A gente te explica tudo — sem enganar!
A origem do Dia da Mentira
A origem mais aceita do Dia da Mentira remonta à França do século XVI. Em 1582, o rei Carlos IX adotou o calendário gregoriano, instituído pelo Papa Gregório XIII. Com isso, o Ano Novo passou a ser comemorado em 1º de janeiro — e não mais entre o fim de março e o início de abril, como era tradição anterior.
Na época, as notícias se espalhavam devagar, e muitos continuaram celebrando o Ano Novo antigo. Outros simplesmente resistiram à mudança. Esses “atrasados” passaram a ser alvo de brincadeiras e piadas — e a data ficou conhecida como o “Dia dos Tolos” (ou “April Fools’ Day”, em inglês).
A prática foi se espalhando por outros países, ganhando diferentes formas e nomes, mas sempre com o mesmo espírito: rir das mentiras, desde que inofensivas.
Pegadinhas: como a data é celebrada hoje
No século XXI, o 1º de Abril se transformou num fenômeno digital. Sites, marcas e influenciadores se aproveitam da data para lançar notícias falsas divertidas, anúncios absurdos ou “novidades” esquisitas, apenas para revelar depois que era tudo brincadeira.
Exemplos icônicos:
- BBC (1957): Transmitiu uma reportagem sobre a “colheita de espaguete” na Suíça. O vídeo mostrava pessoas retirando macarrão de árvores.
- Google: O gigante da tecnologia geralmente lança algum produto bizarro. Teve até o Google Nose, que supostamente permitia pesquisar cheiros pela internet.
- Coca-Cola Brasil (2016): Anunciou um novo sabor de refrigerante com feijoada. Pegadinha que viralizou!
E no Brasil?
A data chegou por aqui ainda no século XIX. Um dos registros mais antigos foi feito pelo jornal mineiro “A Mentira”, de 1848, que publicou em 1º de abril a falsa notícia da morte de Dom Pedro II. No dia seguinte, o jornal se retratou — e a brincadeira virou história.
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Desde então, o Brasil adotou a tradição. Sites de humor como o Sensacionalista e canais de TV costumam fazer pegadinhas com famosos ou notícias exageradas. Nas redes sociais, o dia é repleto de “revelações bombásticas” que, ao fim, se mostram… só zoeira.
Brincar, sim. Mas com responsabilidade!
Apesar do tom leve, especialistas alertam para o risco de propagar desinformação real. Em tempos de fake news, é importante distinguir entre uma piada clara e uma mentira mal-intencionada. O ideal é:
- Evitar assuntos sensíveis, como saúde, morte ou tragédias;
- Avisar que é brincadeira, especialmente se for em contextos públicos;
- Não espalhar conteúdos duvidosos sem checar a fonte.
Curiosidades sobre o Dia da Mentira
- O nome oficial “Dia da Mentira” é usado principalmente no Brasil e em países lusófonos.
- Em países como a Escócia, o dia era chamado de “Hunt-the-Gowk Day” (Caça ao Tolo).
- No Irã, existe o Sizdah Bedar, uma tradição semelhante comemorada no 13º dia do Ano Novo persa, com muitas brincadeiras e pegadinhas.
- No jornalismo, é comum criar manchetes absurdas para testar a atenção (e o senso crítico) dos leitores.
O que o Dia da Mentira nos ensina?
Mais do que só rir, o 1º de Abril nos convida a refletir sobre o que é verdade e o que é mentira no nosso dia a dia. Em tempos de excesso de informação, aprender a checar fatos e desconfiar de manchetes mirabolantes se tornou uma habilidade essencial.
E você? Já caiu em alguma pegadinha de 1º de Abril? Ou já pregou alguma em alguém?
- Fique ligado: hoje é 1º de Abril, mas aqui só trabalhamos com verdades.