A Direção Executiva da Liesa, ao negar o recurso das escolas de samba contra a Viradouro, mostrou que não apenas não houve alteração no resultado do carnaval carioca, mas também apresentou argumentos para sustentar sua decisão. Alegou que não foram identificados mais de 15 componentes na comissão de frente da Unidos do Viradouro durante o desfile, nem mesmo de forma aparente ou em cena. Além disso, ressaltou que outras agremiações já utilizaram soluções semelhantes para realçar o brilho e o impacto de suas comissões de frente, em busca de um espetáculo ainda mais grandioso.
O recurso foi apresentado por quatro escolas de renome: Grande Rio, Imperatriz Leopoldinense, Mocidade e Beija-Flor. Elas alegaram que a Viradouro desrespeitou a regra que estabelece o limite máximo de 15 integrantes visíveis na comissão de frente.
No entanto, mesmo se o recurso tivesse sido aceito, a Viradouro continuaria sendo a campeã, pois a punição prevista para o excesso de componentes é de apenas 0,5 décimos, e a diferença de pontuação entre a Viradouro e a Imperatriz Leopoldinense, segunda colocada, foi de 0,7 pontos.
Assim, a Liesa mostrou-se profissional ao analisar cuidadosamente o recurso e tomar uma decisão embasada em argumentos sólidos. “Cabe ainda salientar, que o regulamento assinado por todas as escolas visa engrandecer o espetáculo e não ‘engessar’ a criatividade dos carnavalescos e coreógrafos que militam em suas agremiações”, diz relatório assinado por Jorge Perlingeiro, presidente da Liesa.
