
A superstição de que quebrar um espelho traz sete anos de azar é antiga e permeia diferentes culturas ao longo da história. Acredita-se que essa crença tenha origem na associação entre reflexos e a alma, além do simbolismo da fragilidade da vida e da sorte.
De onde vem a ideia de que espelhos refletem a alma?
Na Antiguidade, egípcios e romanos acreditavam que o espelho não apenas refletia a imagem física, mas também capturava parte da essência ou alma da pessoa. Quebrar o espelho era visto como danificar essa essência, trazendo consequências negativas para o indivíduo.
Os romanos, em particular, relacionavam a duração da vida com a integridade do espelho. Um espelho quebrado simbolizava o risco de a vida ou a sorte ser interrompida ou prejudicada, e o período de sete anos representava o ciclo completo de renovação do corpo humano.

Por que o azar dura sete anos?
A duração de sete anos está ligada à medicina antiga. Os romanos acreditavam que o corpo se renovava completamente a cada sete anos, então o azar associado à quebra do espelho duraria até que o corpo estivesse novamente completo e saudável. Assim, sete anos representam um ciclo de renovação e proteção da vida.
Outros fatores que reforçam essa crença incluem:
- A associação do número sete com sorte e ciclos de renovação em diversas culturas
- O valor simbólico do espelho como objeto que conecta o físico e o espiritual
- A preocupação com prejuízos financeiros, já que espelhos eram caros na Antiguidade
- O medo de punições divinas ou energias negativas por descuido com objetos simbólicos
Como a superstição se espalhou pelo mundo
Durante a Idade Média e o Renascimento, a superstição foi incorporada à cultura europeia e posteriormente chegou às Américas com colonizadores e imigrantes. Espelhos eram objetos caros e simbólicos, por isso sua quebra causava preocupação prática e supersticiosa.
Atualmente, a superstição pode ser encontrada em várias culturas e segue associada a ideias de azar, cuidado e respeito a objetos simbólicos.
O que dizem os estudiosos sobre a superstição
Pesquisadores apontam que a superstição combina elementos psicológicos, culturais e simbólicos. Ela reflete o medo humano de perder o controle sobre a própria vida e sorte, bem como a importância de objetos considerados valiosos ou mágicos nas sociedades antigas.
Principais fatores que mantêm a superstição viva:
- Tradição cultural passada de geração em geração
- Influência de histórias populares e literatura
- Curiosidade e medo natural do desconhecido
- Uso de rituais e crenças para tentar evitar azar e proteger a sorte
No fim, a superstição de quebrar um espelho continua viva como uma mistura de história, simbolismo e tradição cultural, lembrando como crenças antigas ainda influenciam comportamentos nos dias de hoje.