
Os bebês reborn, bonecos hiper-realistas feitos para se parecerem com bebês de verdade, estão no centro de uma discussão cada vez mais acalorada. Enquanto uns enxergam arte, afeto e até terapia, outros veem exagero, fetichização e até risco emocional.
Feitos com detalhes minuciosos na pele, cabelo, peso e até cheiro, os reborn são usados por colecionadores, artistas, mães enlutadas, educadores e terapeutas. Mas o que antes era um nicho discreto, hoje viraliza nas redes sociais com vídeos de unboxing emocionados, reações em público e até simulações de maternidade.
Quanto custa um bebê reborn realista?
Os preços variam de acordo com os materiais e a técnica envolvida. Veja abaixo as faixas de valor:
- Modelos básicos (R$ 300 a R$ 600):
Produzidos em escala, com aparência mais simples e acabamento limitado. - Modelos intermediários (R$ 700 a R$ 1.200):
Feitos à mão, com pintura detalhada, cílios implantados e roupinhas personalizadas. - Modelos premium (R$ 1.500 a R$ 4.000 ou mais):
Obras de arte realistas, com cabelos enraizados fio a fio, olhos de vidro e peso de um recém-nascido. Alguns vêm com certificado de autenticidade e enxoval completo.
O que está por trás da polêmica?
O realismo dos reborn chama atenção — e causa desconforto. Em redes sociais, vídeos com os bonecos geram milhões de visualizações e reações diversas: da comoção ao espanto.
Especialistas em saúde mental alertam para o uso excessivo e a substituição emocional de vínculos reais, principalmente em casos de luto, depressão pós-parto ou isolamento. Já outros terapeutas defendem o uso controlado como ferramenta de acolhimento e superação.
Além disso, há questionamentos sobre a exposição de crianças a bonecos tão realistas, e até sobre o impacto de “simular maternidade” de forma intensa em ambientes públicos e escolares.
Arte ou obsessão?
Para os artistas reborn, cada boneco é uma obra artesanal única, com valor emocional e estético. Mas críticos apontam que o limite entre arte e exagero pode ser tênue — principalmente quando o reborn é tratado como um bebê real em tempo integral.
A questão é: até que ponto esse vínculo é saudável?
Os bebês reborn realistas despertam fascínio e afeto, mas também levantam debates importantes sobre saúde emocional, limites do realismo e o papel da arte na sociedade. Seus preços podem surpreender, mas é o que eles provocam nas pessoas que mais chama atenção — e que ainda deve render muitas discussões.