Pessoa dormindo tranquilamente em uma cama confortável, em ambiente silencioso e com pouca luz, representando sono de qualidade e descanso reparador.
Dormir bem vai além de passar muitas horas na cama: o sono de qualidade é o que realmente restaura o corpo e a mente - Créditos: (depositphotos.com / nesharm)

O tema “sono de qualidade” tem ganhado espaço em conversas do dia a dia, em consultórios médicos e em reportagens. Muitas pessoas dormem várias horas por noite e, ainda assim, acordam cansadas, com dificuldade de concentração e sensação de esgotamento. Isso mostra que a quantidade de sono nem sempre acompanha a qualidade, que depende de fatores físicos, emocionais e ambientais.

O que é sono de qualidade

De forma geral, sono de qualidade é aquele em que a pessoa acorda se sentindo restaurada, alerta e funcional ao longo do dia. Não é apenas “apagar” por muitas horas, mas passar de forma equilibrada pelas diferentes fases do sono: leve, profundo e REM, cada uma com papel na recuperação física e mental.

Em um sono reparador, essas fases se alternam em ciclos ao longo da noite, com poucas interrupções. Nisso, o organismo regula hormônios, fortalece o sistema imunológico e consolida memórias. Quando o processo é interrompido, surgem cansaço, irritabilidade, lapsos de memória e queda na produtividade.

Leia também: Hábitos comuns que prejudicam seu sono e como reverter isso para dormir melhor.

Por que dormir mais horas nem sempre resolve o cansaço

Muitas pessoas acreditam que ficar mais tempo na cama compensa noites ruins, mas dormir mais não corrige, por si só, um sono fragmentado ou desorganizado. Microdespertares frequentes, ronco intenso, apneias, uso excessivo de telas e estresse mantêm o corpo em alerta, reduzindo o sono profundo e o REM.

O excesso de horas na cama também pode desregular o ritmo circadiano, dificultando pegar no sono na noite seguinte e alimentando um ciclo de insônia e sonolência diurna. Além disso, cansaço persistente pode estar ligado a alimentação inadequada, sedentarismo e problemas de saúde, mostrando que sono e estilo de vida caminham juntos.

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Principais fatores que influenciam um sono de qualidade

Vários aspectos do cotidiano interferem na profundidade e na continuidade do sono. Alguns são comuns em quem relata sono “leve demais” ou “picado” e indicam onde fazer ajustes práticos.

  • Rotina irregular: mudanças constantes de horário para dormir e acordar confundem o relógio biológico.
  • Uso de telas à noite: a luz azul de celulares, tablets e computadores reduz a produção de melatonina.
  • Ambiente inadequado: excesso de luz, barulho, temperatura desconfortável e colchão gasto prejudicam os ciclos de sono.
  • Consumo de estimulantes: cafeína, energéticos, nicotina e álcool perto da hora de dormir atrapalham a profundidade do sono.
  • Questões de saúde: apneia, refluxo, dores crônicas, ansiedade e depressão podem fragmentar o descanso sem que a pessoa perceba.

Alguns sinais mostram que o sono pode não estar sendo reparador, mesmo com muitas horas na cama. Observar esses sintomas ajuda a decidir quando buscar ajuda profissional e investigar possíveis distúrbios do sono.

  1. Dificuldade frequente para acordar no horário.
  2. Sonolência intensa durante o dia, até em atividades rotineiras.
  3. Dores de cabeça matinais ou boca seca ao despertar.
  4. Queda de rendimento no trabalho ou nos estudos.
  5. Alterações de humor, como irritação e impaciência.

Como melhorar o sono sem focar apenas em dormir mais

Para ter sono de qualidade, muitas recomendações envolvem a chamada higiene do sono, um conjunto de hábitos que favorece um descanso mais profundo e contínuo. Pequenos ajustes na rotina e no ambiente costumam trazer bons resultados quando mantidos com regularidade.

  • Manter horários regulares: deitar e levantar em horários parecidos todos os dias, inclusive fins de semana.
  • Reduzir telas antes de dormir: reservar pelo menos 30 a 60 minutos sem celular ou computador antes de ir para a cama.
  • Cuidar do ambiente: quarto escuro, silencioso, com temperatura agradável e colchão e travesseiro confortáveis.
  • Evitar refeições pesadas à noite: preferir comidas leves e moderar álcool e cafeína nas horas que antecedem o sono.
  • Praticar atividade física: incluir movimento na rotina, evitando exercícios muito intensos perto do horário de dormir.

Se, mesmo com mudanças de hábitos, o cansaço persistir, é importante buscar avaliação profissional para investigar distúrbios como apneia, insônia crônica ou movimentos involuntários das pernas. Assim, é possível definir um plano de cuidado personalizado e alcançar um sono realmente reparador, indo além de simplesmente dormir mais horas.