
Pesquisadores anunciaram a descoberta de um novo objeto espacial, chamado 2025 PN7, classificado como um “quase-satélite” da Terra. Diferente da Lua, este pequeno asteroide compartilha a órbita da Terra em torno do Sol de maneira sincronizada, criando a impressão de que gira ao redor do planeta.
Um quase-satélite não está preso diretamente pela gravidade da Terra. Ele acompanha o planeta em sua órbita solar, mantendo uma trajetória sincronizada que, observada da superfície, parece que orbita a Terra, mas sem se ligar como um satélite natural tradicional.
Características do 2025 PN7
O 2025 PN7 possui algumas dezenas de metros de diâmetro, tamanho semelhante ao meteorito que explodiu sobre Chelyabinsk, na Rússia, em 2013. Embora a descoberta oficial seja recente, dados antigos indicam que ele já era visível desde 2014.
O objeto mantém uma distância segura de milhões de quilômetros da Terra, sem risco imediato. Seu movimento aparente ao redor do planeta é resultado de uma ressonância orbital com o Sol: ambos completam suas órbitas em períodos semelhantes, criando a ilusão de acompanhamento próximo.
Estabilidade e previsão orbital
Modelos indicam que o 2025 PN7 ocupa essa órbita especial há décadas e deve permanecer nela por várias outras décadas, ou até séculos, dependendo das influências gravitacionais de outros corpos do Sistema Solar. Apesar de instável e temporária, órbitas semelhantes já foram documentadas por centenas de anos.

Importância científica das quase-luas
Além do fascínio astronômico, esses objetos são ótimos alvos para missões espaciais de baixo custo, devido à proximidade relativa com a Terra. Um exemplo é o quase-satélite 469219 Kamooalewa, que será visitado pela sonda chinesa Tianwen-2 para coleta de amostras.
A descoberta do 2025 PN7, publicada nas Research Notes of the American Astronomical Society, reforça a importância de monitorar objetos próximos à Terra, tanto por curiosidade científica quanto por segurança espacial.
Com esta nova quase-lua, a Terra passa a ter mais um corpo para estudo, ampliando o conhecimento sobre os vizinhos próximos e oferecendo oportunidades para futuras missões espaciais.