
Os furacões sempre despertam curiosidade por sua força e também pelos nomes que recebem. O costume de nomear essas tempestades tropicais não é recente e tem uma função importante: facilitar a comunicação e a prevenção em situações de emergência.
Por que os furacões recebem nomes?
Antes da criação dos nomes oficiais, as tempestades eram identificadas apenas por coordenadas geográficas, o que dificultava a divulgação de alertas. Dar nomes aos furacões tornou o processo de aviso mais claro e rápido, evitando confusões entre fenômenos que ocorrem ao mesmo tempo.
O uso de nomes simplifica a comunicação entre meteorologistas, governos e a população, permitindo que alertas sejam compreendidos de forma imediata, especialmente em regiões de risco e situações de emergência climática.
Como os nomes são escolhidos
Os nomes dos furacões são definidos pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), que mantém listas pré-aprovadas para cada região do planeta. Essas listas se repetem a cada seis anos, com pequenas alterações quando necessário para atualizar ou substituir nomes que foram aposentados.
Quando um furacão causa grandes destruições, seu nome é retirado permanentemente da lista por respeito às vítimas e substituído por outro com a mesma letra inicial. É o caso de nomes como Katrina, Irma e Maria, que ficaram marcados na história por sua intensidade e impacto.

Como é feita a rotação dos nomes
As listas seguem a ordem alfabética e alternam entre nomes masculinos e femininos, mantendo uma padronização internacional. Essa alternância ajuda meteorologistas e órgãos de imprensa a se referirem aos fenômenos com clareza e consistência.
| Região | Exemplo de nomes | Organização responsável |
|---|---|---|
| Atlântico Norte | Ana, Bill, Claudette | Organização Meteorológica Mundial (OMM) |
| Pacífico Leste | Adrian, Beatriz, Calvin | Centro Nacional de Furacões (EUA) |
| Pacífico Oeste | Bavi, Chaba, Dujuan | Agência Meteorológica do Japão |
Pode ter um furacão no Brasil?
Embora o Brasil esteja em uma região tropical, é extremamente improvável que o país sofra com a passagem de furacões. Isso ocorre porque as águas do Atlântico Sul não atingem as temperaturas ideais e as correntes de vento não favorecem a formação desses sistemas.
O único registro de um fenômeno semelhante foi o ciclone Catarina, em 2004, que atingiu Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. Apesar de ter características de furacão, tratou-se de um evento excepcional e atípico, reforçando que o país está fora das rotas comuns desses fenômenos.
Por que essa prática continua sendo importante?
Nomear furacões não é apenas uma curiosidade, mas uma medida de segurança pública. Os nomes facilitam alertas e ajudam a salvar vidas, tornando a comunicação mais humana, rápida e eficiente em meio a situações de risco. Além disso, essa prática reforça a importância da ciência e da cooperação internacional no monitoramento climático.
Ao nomear tempestades, a humanidade cria uma forma de identificar, compreender e reagir a fenômenos naturais com mais precisão. E, mesmo quando não há furacões no Brasil, entender esse processo ajuda a valorizar o trabalho da meteorologia e a importância de estar preparado diante das mudanças do clima.