O impacto do vício em redes sociais, segundo a psicologia
Vício em redes sociais - Créditos: (depositphotos.com / VitalikRadko)

O uso constante das redes sociais é um fenômeno característico do século XXI, e seu impacto psicológico vem sendo amplamente estudado pela psicologia moderna. Embora representem importantes ferramentas de comunicação, o uso excessivo pode desencadear comportamentos compulsivos e dependência, afetando a saúde mental e o equilíbrio emocional.

O que caracteriza o vício em redes sociais

O vício em redes sociais é definido como o uso repetitivo e difícil de controlar dessas plataformas, mesmo diante de prejuízos pessoais, acadêmicos ou profissionais. Ele se manifesta por sintomas como a necessidade constante de verificar notificações, irritação ao ficar offline e dificuldade em limitar o tempo de uso.

O comportamento compulsivo decorre da ativação do sistema de recompensa cerebral, que libera dopamina a cada interação digital, reforçando o ciclo de dependência. Esse mecanismo explica por que a simples pausa nas redes pode gerar ansiedade ou uma sensação de “falta”, semelhante a outras formas de vício comportamental.

Quais são os efeitos do vício em redes sociais

Os impactos do vício em redes sociais atingem aspectos emocionais, cognitivos e sociais, com destaque para sentimentos de solidão e desgaste mental. Estudos recentes apontam que cerca de 45% dos adultos relatam sentir-se mais isolados e 48% apresentam distúrbios do sono devido ao uso prolongado das plataformas.

Entre as principais consequências observadas pela psicologia e pelos estudos atuais estão:

  • Queda na autoestima, provocada por comparações e padrões inalcançáveis.
  • Déficit de atenção e memória, influenciado pela sobrecarga de estímulos digitais.
  • Sensação de esgotamento emocional após longas horas de uso.
  • Risco de ansiedade e depressão associados à busca constante por validação.
@draanabeatriz11

Vivemos em uma era onde a realidade virtual se impõe sobre a vida real, trazendo consigo o medo constante do cancelamento. Para muitos jovens e adolescentes, esse pavor é tão real que pode parecer que suas vidas estão em risco. Uma pesquisa da Fiocruz revelou dados alarmantes: de 2011 a 2022, o índice de su*c*dio entre jovens aumentou 6% e os casos de auto lesão subiram 29%. Um dos principais fatores? O medo do cancelamento. Como as redes sociais têm afetado você? Sua autoestima sente o impacto, ou você conhece alguém que enfrentou dificuldades por causa delas? Compartilhe sua experiência nos comentários.

♬ som original – Ana Beatriz Barbosa

Como combater o vício em redes sociais segundo a psicologia

A psicologia propõe abordagens terapêuticas que visam restaurar o equilíbrio emocional e promover o uso consciente da tecnologia. A principal orientação é estabelecer limites de tempo e definir períodos do dia livres de dispositivos digitais, permitindo que o cérebro redefina o equilíbrio da dopamina.

Além disso, práticas simples podem contribuir significativamente para o bem-estar e a redução da dependência digital:

  • Participar de atividades offline como esportes, leitura e convivência social.
  • Utilizar aplicativos de monitoramento do tempo de uso.
  • Adotar o autoconhecimento para identificar gatilhos emocionais.
  • Procurar apoio psicológico ou terapias cognitivo-comportamentais quando necessário.

O vício em redes sociais tem tratamento

Sim, o vício em redes sociais possui tratamento e pode ser superado com acompanhamento profissional e mudanças de hábitos consistentes. Psicólogos indicam que a intervenção precoce é essencial para evitar agravamentos e promover o autocontrole.

Campanhas de conscientização e estratégias de educação digital também têm se mostrado eficazes para prevenir novos casos. Em 2025, esse tema ganhou espaço nas políticas de saúde mental, reforçando a importância de compreender a relação entre conectividade e equilíbrio psicológico.