
O Cometa Lemmon (C/2025 A6) promete encantar os observadores do céu em outubro de 2025, quando ficará visível a olho nu em condições favoráveis.
Trata-se de um fenômeno raro: sua última visita ao Sistema Solar interior ocorreu há quase 1400 anos, e a próxima só acontecerá em 3421.
Descoberta e trajetória do cometa
Identificado em 3 de janeiro de 2025 pelo Observatório Monte Lemmon, no Arizona (EUA), o cometa foi inicialmente confundido com um asteroide. Sua órbita mostra que esta é uma oportunidade única em muitas gerações.
Durante outubro, o Cometa Lemmon estará próximo à constelação da Ursa Maior, com brilho estimado em magnitude 5 — suficiente para ser visto em locais com pouca poluição luminosa. Ele será visível no hemisfério norte, tanto ao amanhecer quanto ao anoitecer.
Brilho máximo e aproximação
O ponto de maior destaque ocorrerá por volta de 21 de outubro, quando o cometa atingirá seu brilho máximo (magnitude 4,5) e estará a cerca de 90 milhões de km da Terra — o equivalente a três quintos da distância entre a Terra e o Sol.
O periélio, ponto mais próximo do Sol, acontecerá em 8 de novembro, prolongando as chances de observação até essa data. Com binóculos ou mesmo a olho nu, os apaixonados por astronomia poderão acompanhar seu espetáculo no céu.

Um espetáculo astronômico especial
A aproximação do cometa coincide com a Lua Nova e o pico da chuva de meteoros Oriônidas, que pode apresentar até 20 meteoros por hora. Além disso, outubro costuma trazer forte atividade de auroras boreais em altas latitudes, criando a possibilidade de um show celeste único: cometa, meteoros e auroras ao mesmo tempo.
Como o Cometa Lemmon se move rapidamente, sua posição mudará noite após noite, tornando a observação ainda mais dinâmica e emocionante.