O aparelho doméstico que você joga fora e contém ouro de 24 quilates
Muitas peças velhas escondem ouro puro usado em eletrônicos antigos - Créditos: depositphotos.com / AntonMatyukha

Alguns aparelhos antigos que você tem em casa escondem ouro de altíssima pureza em seus circuitos internos. Embora pareçam sucata, eles guardam um valor financeiro real, especialmente agora em Dezembro de 2025, com a cotação do metal em patamares históricos.

Esse ouro, muitas vezes com pureza de 24k (99%), está presente em componentes esquecidos e pode valer muito mais do que se imagina.

Por que tantos aparelhos eletrônicos usam ouro puro?

O ouro eletrônico está presente em placas, conectores e pinos por um motivo técnico: ele conduz eletricidade com precisão e resiste à corrosão. Isso o torna ideal para uso em circuitos sensíveis.

Além da eficiência, o ouro não se deteriora com o tempo, o que significa que muitos eletrônicos antigos ainda conservam o metal em excelente estado, mesmo após anos guardados.

Quais aparelhos domésticos contêm ouro de 24 quilates?

Alguns itens comuns escondem pequenas quantidades de ouro de 24 quilates em seus componentes internos, e geralmente são descartados sem que ninguém perceba. Veja alguns exemplos que podem surpreender:

  • Computadores e notebooks antigos: foco nos conectores ‘dedos’ (aquelas bordas douradas das placas de memória e vídeo).
  • Celulares anteriores a 2010: modelos ‘tijolão’ possuem camadas de ouro nos chips muito mais espessas que os smartphones atuais.
  • Processadores (1980-2005): especialmente os modelos cerâmicos (antigos Intel e AMD), que são os mais valiosos do mercado.
  • Placas de vídeo, som e rádios com circuitos reforçados
O aparelho doméstico que você joga fora e contém ouro de 24 quilates
Ouro 24k é usado por sua alta condutividade e durabilidade. – Créditos: depositphotos.com / VadimVasenin

Como identificar peças que realmente contêm ouro?

O segredo está em observar as partes metálicas com brilho amarelo-dourado, que geralmente aparecem nos conectores e terminais de contato.

Dispositivos fabricados entre 1980 e 2005 são os mais interessantes, já que possuem concentrações maiores do metal. Nessa época, a indústria usava ouro com mais frequência por conta da durabilidade e desempenho superior.

  • Dê preferência à ‘Era de Ouro’ (1980-2005): A indústria usava banhos de ouro mais generosos nessa época para garantir durabilidade.
  • Atenção ao Valor de Coleção: Antes de quebrar ou derreter uma peça antiga, pesquise o modelo! Em 2025, um processador raro intacto pode valer 10 vezes mais na mão de colecionadores do que o ouro contido nele.
  • Evite peças oxidadas: A corrosão dificulta a recuperação e diminui o valor de revenda.
  • Aparelhos recentes (2010+) têm teor muito menor de ouro

Vale a pena extrair o ouro desses eletrônicos em casa?

A resposta direta é: Não, é perigoso e pouco rentável para amadores. O processo exige ácidos letais e libera gases tóxicos.

A melhor estratégia para lucrar: Junte as placas e venda-as inteiras para empresas de reciclagem especializadas (chamadas de e-scrap). Elas pagam pelo peso da placa classificada, garantindo seu lucro sem colocar sua saúde (ou sua casa) em risco.

  • Evita riscos com substâncias perigosas
  • Garante descarte ambientalmente correto
  • Permite reaproveitamento do ouro de forma eficiente
  • Pode gerar retorno financeiro conforme o volume reciclado