Ouro - Créditos: depositphotos.com / AntonMatyukha
Ouro - Créditos: depositphotos.com / AntonMatyukha

Aparelhos comuns com ouro de altíssima pureza estão espalhados pela sua casa e passam despercebidos no dia a dia. Muitos deles usam metais nobres para garantir condução eficiente e durabilidade.

O curioso é que esses itens, muitas vezes tratados como lixo eletrônico, escondem pequenas quantidades de ouro puro (99%+ de pureza) com valor agregado.

Por que tantos dispositivos antigos usam ouro em seus componentes?

Ouro eletrônico aparece em placas, conectores e circuitos porque o metal resiste à corrosão e transmite energia com precisão. Essa característica torna o material ideal para computadores, celulares e equipamentos de comunicação.

A durabilidade também explica por que dispositivos envelhecidos ainda mantêm ouro intacto, mesmo após décadas guardados em caixas ou gavetas.

Aparelhos do dia a dia que escondem ouro de alta pureza

Placas-mãe antigas são as campeãs na presença desse metal precioso, mas outros eletrônicos também surpreendem pela quantidade presente. A extração feita por pesquisadores da ETH Zürich ilustra o potencial oculto desses itens descartados.

Em testes recentes realizados pela ETH Zürich, 20 placas-mãe renderam um lingote de 450 miligramas de ouro refinado, mostrando como pequenos componentes somados podem gerar um retorno significativo; confira na lista abaixo alguns dos itens mais valiosos.

  • Computadores e notebooks ultrapassados com conectores banhados a ouro de altíssima pureza
  • Celulares antigos com contatos metálicos altamente puros (99%+)
  • Telefones fixos e rádios com circuitos reforçados
  • Placas de vídeo e áudio descartadas
  • CPUs e processadores de computadores antigos (1980-2005)
Quanto custa um grama de ouro no Brasil hoje, terça-feira, 04 de novembro de 2025?
O ouro costuma se valorizar em períodos de incerteza econômica global – Créditos: depositphotos.com / AntonMatyukha

Como reconhecer peças que realmente valem a pena recuperar?

Identificar componentes valiosos exige observar partes com brilho amarelado, geralmente presentes em conexões e pinos. Esses detalhes indicam a presença do metal aplicado em áreas sensíveis do circuito.

Uma dica rápida: dispositivos fabricados entre os anos 1980 e 2005 costumam conter significativamente mais ouro (até 50 vezes mais em alguns casos de CPUs) do que aparelhos modernos, já que a indústria reduziu o uso do metal para baratear a produção e atender a regulamentações ambientais.

  • Priorize eletrônicos robustos, como CPUs e placas-mãe de 1980-2005, que contêm maior concentração de ouro
  • Evite aparelhos recentes (2010+), cujo teor de metal nobre é significativamente menor
  • Observe conectores expostos com revestimento dourado (ouro de 99%+ de pureza)
  • Descarte peças com corrosão avançada, pois comprometem a extração segura

Vale a pena extrair ouro desses aparelhos por conta própria?

é altamente perigoso e não é recomendado, pois o processo envolve substâncias químicas tóxicas como água régia, mercúrio ou cianeto. Além disso, o rendimento costuma ser muito baixo sem equipamentos especializados e sem conhecimento técnico adequado.

A melhor alternativa é separar os materiais e destiná-los a centros de reciclagem especializados, que fazem a recuperação de forma segura e ambientalmente correta.

  • Reciclagem especializada aumenta o aproveitamento do metal
  • Evita riscos com produtos químicos tóxicos
  • Garante descarte correto de resíduos eletrônicos
  • Pode gerar retorno financeiro dependendo da quantidade