
Uma espécie rara e venenosa de lesma marinha, conhecida como dragão azul (Glaucus atlanticus), foi avistada novamente em diversas praias da Espanha, incluindo Guardamar del Segura, Alicante, Valência, Lanzarote e Maiorca. Ele também já apareceu em outros países, inclusive no Brasil.
O fenômeno, que gerou preocupação entre banhistas e autoridades locais, levou ao hasteamento de bandeiras vermelhas e fechamento temporário das áreas afetadas.
O que é o dragão azul?
O Glaucus atlanticus é um molusco pelágico que habita águas tropicais e temperadas. Com cerca de 3 a 4 cm de comprimento, apresenta uma coloração azul-prateada na parte dorsal e azul pálido na ventral. Sua aparência é fascinante, com apêndices ramificados que lembram asas, conferindo-lhe o apelido de “dragão azul”.

Perigos para os banhistas
Apesar de sua beleza, o dragão azul é altamente venenoso. Ele se alimenta de organismos como a carabela portuguesa (Physalia physalis), armazenando o veneno em estruturas especializadas chamadas ceratas.
O contato com o animal pode causar sintomas como ardência, dor intensa, náuseas e vômitos. Autoridades locais alertam para os riscos e recomendam que os banhistas evitem tocar nos exemplares encontrados.
Causas do reaparecimento
Especialistas sugerem que o aumento da temperatura das águas, possivelmente relacionado às mudanças climáticas, pode estar influenciando o comportamento migratório do dragão azul.
A presença crescente do animal em regiões do Mediterrâneo, onde não era comumente encontrado, reforça essa hipótese.
Medidas de segurança
Em resposta aos avistamentos, as autoridades espanholas implementaram medidas preventivas, incluindo o fechamento temporário de praias e a elevação de bandeiras vermelhas para sinalizar o risco.
Além disso, campanhas de conscientização foram lançadas para informar o público sobre os perigos do contato com o dragão azul e a importância de respeitar as orientações de segurança.