
Muitas pessoas acreditam que a infância ou juventude foram as fases mais felizes da vida. Essa ideia, no entanto, não encontra total respaldo na psicologia contemporânea.
Especialistas apontam que a felicidade não está diretamente ligada à idade, mas sim à forma como interpretamos e valorizamos nossas experiências ao longo do tempo.
A felicidade não depende da idade
De acordo com a psicologia, cada fase da vida tem vantagens e limitações. A infância é idealizada pela inocência, mas também é marcada pela dependência. A juventude é associada à energia, mas traz insegurança e ansiedade. Já a velhice pode ser vista como perda, mas cada vez mais é valorizada pela sabedoria e equilíbrio.
O psicólogo espanhol Rafael Santandreu destaca que a felicidade verdadeira surge quando mudamos a forma de pensar e passamos a valorizar a vida como ela é agora, sem nostalgia excessiva do passado.
O que realmente define a melhor fase da vida?
Segundo Santandreu, a chave está na forma de encarar o cotidiano. Quando a pessoa decide focar no que há de mágico e especial ao redor, a mente se transforma e abre espaço para uma nova etapa mais plena e intensa.
Alguns pontos auxiliam nesse processo:
- Consciência: perceber que reclamar menos e agradecer mais muda o foco mental;
- Valorização do presente: enxergar beleza em situações simples do dia a dia;
- Controle interno: entender que a felicidade depende mais da interpretação do que das circunstâncias;
- Prática constante: reforçar esses hábitos até que se tornem parte natural da rotina.

Por que a nostalgia pode enganar nossa percepção?
Idealizar o passado é um mecanismo comum, mas que distorce a realidade. Muitas vezes lembramos apenas dos aspectos positivos e esquecemos os desafios de cada fase. A psicologia explica que isso gera a ilusão de que “qualquer tempo passado foi melhor”.
Manter um diário de gratidão pode ajudar a valorizar o presente e reduzir a tendência de viver apenas de memórias.
O segredo da felicidade está no agora
Não importa se você tem 20, 40 ou 70 anos. A felicidade está mais ligada à clareza de pensamento e à forma de interpretar a vida do que a um período específico. O presente pode se tornar a melhor fase quando aprendemos a enxergar além das comparações com o passado.