
Neste sábado (06), o MAC Niterói inaugura “ATRAVÉS DO VÉU VERDE (THROUGH THE GREEN VEIL)”, primeira exposição individual em museu de Edo Costantini no Brasil. A mostra reúne fotografia, vídeo, música e esculturas em bronze, destacando a força transformadora da natureza. É uma imersão sensorial que conecta arte, território e resiliência — tema que fala diretamente ao público.

MAC Niterói recebe a estreia de Edo Costantini no Brasil
Com curadoria de Nicolas Martin Ferreira e texto de Paulo Herkenhoff, a exposição marca a estreia do artista argentino em um museu brasileiro. A realização é da InterArt, com apoio da Prefeitura de Niterói.
A mostra reúne uma década de produção, com fotografia, vídeo, música e esculturas em bronze — estas últimas em colaboração com Delfina Braun e Delfina Muniz Barreto.
Dados essenciais
- Título: ATRAVÉS DO VÉU VERDE (THROUGH THE GREEN VEIL)
- Artista: Edo Costantini
- Curadoria: Nicolas Martin Ferreira | Texto: Paulo Herkenhoff
- Realização: InterArt | Apoio: Prefeitura de Niterói
O sublime na natureza: a série fotográfica (2013–2025)
A obra fotográfica de Edo Costantini explora o sublime em florestas do norte do estado de Nova York, onde o artista vive. As imagens, captadas entre 2013 e 2025, refletem sobre medir a própria existência no fluxo do tempo.
Em Katonah–Bedford Hills, suas caminhadas diárias tornam-se um portal: revelam o extraordinário no ordinário, percebem o invisível e o transformam em imagens instigantes.
Instalação e filme: Opium Whispers e Last Survivors
Inspirada em percursos e em pesquisas sobre “la floresta y plantas sagradas”, a mostra apresenta:
- 20 fotografias em grande formato;
- a instalação “Opium Whispers”, homenagem a Jean Cocteau;
- o filme “Last Survivors”, 30 minutos, um canal, filmado no mesmo período.
Last Survivors: resiliência e despertar
Produzido na solidão da pandemia e revelado cinco anos depois, o filme é celebração e alerta: a humanidade enfrenta dificuldades, mas a natureza persiste.
- Narração: Hera Hilmar (atriz islandesa)
- Roteiro: Edo Costantini e Martín Hadis (especialista em Jorge Luis Borges e literatura nórdica)
- Trilha sonora: composta por Costantini com sua banda The Orpheists
- A obra aborda perda, sobrevivência e transcendência, criando uma atmosfera de luto e esperança.
Esculturas em bronze: natureza, dor e cura
Em diálogo com as fotografias, o coletivo formado por Delfina Braun, Edo Costantini e Delfina Muniz Barreto apresenta novas esculturas em bronze que habitam silenciosamente as galerias.
Combinando escultura, som e instalação, o trio explora formas e ritmos da natureza, celebrando flores e elementos vivos, enquanto reflete a relação entre dor e cura.
“Cada um de nós contribuiu com seu conhecimento, e exploramos juntos diferentes dimensões, tempos e espaços”, afirmam.
Micélio e “véu-de-noiva”: forças invisíveis
As obras recentes investigam o que está além da visão — forças ocultas essenciais ao nosso ser.
- Duas esferas evocam a mágica silenciosa do micélio, a rede invisível que conecta e restaura o mundo natural.
- Dessa teia emergem duas esculturas em escalas diferentes, inspiradas no cogumelo “véu-de-noiva”, conhecido por sua beleza exótica e por propriedades medicinais e restauradoras. Aqui, ele surge como forma natural e metáfora de resiliência e renovação.
Catálogo: uma década em livro
Como parte da exposição, será publicado um catálogo de capa dura revestido em tecido, com fotografia central na capa.
- 110 páginas com reproduções integrais das obras expostas;
- Textos de Nicolas Martin Ferreira, Paulo Herkenhoff e Barbara Golubicki;
- Múltiplas perspectivas sobre natureza, luz e a conexão humana com o ambiente.
Sobre o artista: Edo Costantini
Eduardo Francisco Costantini (Edo) nasceu em Buenos Aires, em 1976, e vive em Nova York. É fotógrafo, cineasta, compositor e fundador do coletivo artístico KOLAPSE.
Seus trabalhos foram exibidos em galerias e feiras internacionais como arteBA, Praxis Gallery (NY), Mario Cohen Fine Art Gallery (SP) e Silvia Cintra + Box 4 (RJ). Foi produtor de filmes premiados, como “Tropa de Elite” (Urso de Ouro, 2008).
Sobre as colaboradoras
Delfina Braun
Artista argentina radicada em Nova York, pesquisa a relação entre natureza, cura e psique humana.
Delfina Muniz Barreto
Arquiteta e artista argentina, atua com escultura, instalação e design, explorando formas orgânicas e memórias ligadas à natureza.
Serviço
Exposição: ATRAVÉS DO VÉU VERDE (THROUGH THE GREEN VEIL) — Edo Costantini
Local: Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC Niterói) — Rio de Janeiro
Período: 6 de setembro a 23 de novembro de 2025
Funcionamento: terça a domingo, 10h às 18h (entrada até 17h30)
Ingressos: informações no site oficial do MAC Niterói (Link)