A planta que auxilia no fígado gorduroso e protege contra inflamações silenciosas

O acúmulo excessivo de gordura no fígado, conhecido como fígado gorduroso ou esteatose hepática, vem ganhando destaque em consultórios e pesquisas médicas, pois pode surgir associado ao consumo elevado de álcool, ao excesso de peso, ao diabetes tipo 2 e à síndrome metabólica, muitas vezes passando despercebido por anos até que exames de rotina apontem alterações nas enzimas hepáticas ou mudanças na aparência do órgão.

O que é fígado gorduroso e por que essa condição merece atenção

O fígado gorduroso é uma condição em que há acúmulo de lipídios dentro das células hepáticas, o que pode causar inflamação e, em alguns casos, levar à fibrose. Em graus leves, muitas pessoas não apresentam sintomas, mas podem surgir cansaço, desconforto abdominal e sensação de peso no lado direito do abdômen, identificados principalmente por ultrassonografia e exames de sangue.

Em ambos os casos, a inflamação prolongada pode evoluir para hepatite gordurosa, fibrose e cirrose, motivo pelo qual o diagnóstico precoce e a intervenção rápida aumentam as chances de estabilizar ou até reverter a esteatose.

Fígado gorduroso realmente pode evoluir para cirrose

A relação entre esteatose hepática e cirrose ainda é objeto de estudo, mas já se sabe que a gordura acumulada pode desencadear inflamação contínua e estresse oxidativo. Inicialmente, o fígado tenta se regenerar, porém, com agressão constante, forma tecido cicatricial, reduzindo sua capacidade de filtrar toxinas, produzir proteínas e regular substâncias essenciais.

Alguns fatores aumentam a probabilidade de evolução do fígado gorduroso para cirrose, principalmente quando se somam ao longo do tempo e não são controlados de forma adequada. Nesses casos, a vigilância médica e o controle rigoroso das comorbidades são determinantes para barrar a progressão da doença.

Como o dente-de-leão pode auxiliar no cuidado com o fígado gorduroso

Entre as plantas estudadas no contexto da saúde hepática, o dente-de-leão (Taraxacum officinale) aparece com frequência em pesquisas recentes. Suas folhas e raízes contêm compostos bioativos, como flavonoides e antioxidantes, que podem contribuir para proteger as células hepáticas contra danos oxidativos e auxiliar processos digestivos.

Alguns trabalhos científicos indicam que extratos de dente-de-leão podem estimular a produção e o fluxo da bile, apoiar a eliminação de toxinas e atuar como diurético leve. Também demonstram potencial atividade antioxidante, ajudando a reduzir processos inflamatórios, embora não substituam tratamentos médicos nem revertam, sozinhos, doenças avançadas como cirrose estabelecida.

Para aprofundar essa assunto, o canal da Angela Xavier, que já conta com mais de 3 milhões de inscritos. No vídeo a seguir, ela mostra os benefícios do dente-de-leão:

Como consumir dente-de-leão com segurança no dia a dia

As formas mais comuns de consumo são em chá (infusão), extrato líquido em gotas e cápsulas, geralmente associadas a orientações de uso individualizadas. No preparo doméstico da infusão, é habitual combinar folhas e raízes secas com água quente, deixando em repouso por alguns minutos antes de coar, sempre respeitando limites de quantidade e tempo de uso.

Alguns pontos costumam ser considerados antes de incluir o dente-de-leão na rotina, sobretudo para quem já tem diagnóstico de fígado gorduroso, cirrose ou faz uso contínuo de medicamentos. Esses cuidados ajudam a reduzir riscos de interações e efeitos indesejáveis, reforçando seu papel como complemento e não como substituto do tratamento convencional.

Quais cuidados gerais ajudam a proteger o fígado gorduroso

Além do possível uso de plantas como o dente-de-leão, o cuidado com a saúde do fígado passa por medidas amplamente reconhecidas, como redução do consumo de bebidas alcoólicas e prática regular de atividade física. Uma alimentação baseada em frutas, legumes, verduras, grãos integrais e gorduras de melhor qualidade, associada ao controle de peso, costuma ser indicada na prevenção e estabilização da esteatose.

O acompanhamento periódico com exames laboratoriais e de imagem permite avaliar se o fígado gorduroso está regredindo, estável ou progredindo para estágios mais avançados, possibilitando intervenções oportunas. Dessa forma, o uso responsável de recursos naturais, aliado à orientação médica e a mudanças consistentes no estilo de vida, tende a oferecer um cenário mais favorável para quem convive com alterações hepáticas crônicas.