
A história por trás da estátua de Carlos Drummond em Copacabana desperta interesse de moradores, turistas e amantes da literatura. Instalado no famoso calçadão carioca desde 2002, o monumento tornou-se ponto de encontro e registro fotográfico, reforçando o vínculo entre o poeta mineiro e a paisagem carioca. Mais do que homenagem, a obra carrega episódios marcantes e revela detalhes inusitados sobre sua criação e repercussão.
Três aspectos são fundamentais para compreender a relevância dessa escultura:
- O contexto e os motivos que inspiraram a instalação da estátua
- A escolha do local e o significado da presença de Drummond em Copacabana
- Os episódios inusitados e as curiosidades envolvendo a escultura ao longo dos anos
Por que a estátua de Carlos Drummond foi instalada em Copacabana?
A homenagem a Carlos Drummond de Andrade surgiu da vontade de eternizar a relação íntima do poeta com o bairro de Copacabana, onde viveu por décadas. A escolha do local reflete o cotidiano do escritor, que costumava frequentar o calçadão, circulando discretamente entre os anônimos da cidade. O objetivo era aproximar o público da obra e da figura de Drummond, integrando sua memória ao ambiente democrático do espaço público carioca.
O projeto artístico ficou a cargo do escultor Leo Santana, que buscou retratar Drummond de forma acessível: sentado em um banco, com olhar contemplativo e óculos sempre presentes. Essa postura convida qualquer pessoa a sentar-se ao lado do poeta para uma foto ou um momento de reflexão silenciosa frente ao mar. A escultura rapidamente virou um dos pontos fotográficos mais visitados da cidade.

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Quais curiosidades envolvem a estátua de Drummond?
Um dos episódios mais comentados sobre a estátua de Carlos Drummond de Andrade envolve os óculos de bronze do poeta, constantemente alvo de furtos desde a inauguração. O objeto, símbolo marcante da personalidade de Drummond, provocou mobilização social: moradores, artistas e turistas passaram a cuidar e até substituir os óculos, numa demonstração de carinho e identificação coletiva com o poeta.
Além disso, a escultura já passou por restaurações, principalmente em decorrência de ações de vandalismo e dos impactos do clima à beira-mar. Esses acontecimentos mobilizaram iniciativas para preservar o monumento. Entre os diversos episódios inusitados, destaca-se a prática de turistas e moradores deixarem bilhetes, flores e livros ao lado da escultura, utilizando o banco como espécie de altar dos afetos.
Atualmente, medidas de reforço foram tomadas, tornando os óculos mais resistentes e fixados à peça. A escultura em bronze, originalmente polida, adquiriu ao longo dos anos uma pátina própria gerada pelo contato constante com pessoas e pela ação do clima carioca.
Drummond em Copacabana: legado cultural e literário
O legado de Drummond eternizado no calçadão ultrapassa a simples reverência. A figura do poeta, ali sentada, reflete a democratização da cultura e o acesso espontâneo à poesia, tornando a arte presente no dia a dia do Rio de Janeiro. Muitos estudantes, escritores e leitores adotam a estátua como local para compartilhamento de versos, leituras públicas e até homenagens em datas comemorativas, como o aniversário de nascimento do autor.
A presença constante de visitantes, registros fotográficos e manifestações culturais ao redor do banco de Drummond transforma o espaço em um epicentro simbólico do diálogo entre a literatura nacional e a vida cotidiana da cidade. O monumento inspira novas gerações e fortalece o papel da poesia no imaginário brasileiro.
A estátua de Drummond em Copacabana segue inspirando em 2025
- A escultura celebra os vínculos afetivos e culturais do poeta com a vida carioca, tornando-se referência instantânea na paisagem do Rio
- Os episódios curiosos e a mobilização popular em torno dos óculos reforçam o envolvimento coletivo com a memória do escritor
- A proximidade entre o público e o monumento consolida Copacabana como espaço de encontro entre poesia, história e cotidiano urbano