Cursos ocorrem no contraturno escolar, em aulas teóricas e práticas, ampliando a percepção ambiental dos estudantes
Foi encerrado, nesta terça-feira (07), o projeto piloto da Escola no Clima, iniciativa da Prefeitura de Niterói que oferece minicursos de Educação Climática aos alunos da Rede Municipal. A primeira turma formada foi na Escola Municipal Antineia Silveira Miranda, no Caramujo, com os alunos do 9º ano. Esta é uma parceria entre as secretarias de Educação e Clima por meio do Programa Cidade Educadora.
Os cursos ocorrem no contraturno escolar, em aulas teóricas e práticas, potencializando a educação integral e ampliando a percepção ambiental dos alunos. São debatidos os conceitos de clima e tempo, efeito estufa, mudanças climáticas e inventário de gases, de forma lúdica e participativa. A partir disso, os estudantes elaboram planos de ação e possíveis soluções para essas questões na escola.
O secretário de Educação, Vinicius Wu, ressaltou que Niterói é um município conhecido por ser exemplo de compromisso com as questões ambientais e lembrou que, em breve, a cidade terá a primeira escola municipal Carbono Zero, a E. M. Marcos Waldemar, também em parceria com a Secretaria do Clima. “Precisamos, cada vez mais, buscar uma integração maior entre as políticas educacionais e a agenda de construção de uma cidade mais sustentável e resiliente. O Escola no Clima vem para complementar e ampliar os projetos realizados pelas próprias unidades em relação ao meio ambiente. Niterói está fazendo sua parte, dando sua contribuição para um modelo de desenvolvimento mais sustentável”, afirmou.
O secretário do Clima, Luciano Paez, reforçou que o projeto tem como objetivo criar espaços de reflexão sobre a importância do combate às mudanças climáticas, construindo capacidades, atitudes sociais e individuais para fomentar a mitigação das emissões de gases de efeito estufa. “Os alunos aprenderam de forma lúdica e recreativa as atividades que emitem os gases, como mobilidade e energia, e a partir disso, produziram um plano de adaptação da escola. É um projeto para pensar no futuro, para as crianças participarem de um momento enriquecedor, de aprendizagem, de carinho, de atenção. E vem muito mais por aí”, adiantou.
Juliana Martins, coordenadora do Programa Cidade Educadora e da Coordenação de Educação em Sustentabilidade, Esporte e Saúde, vinculada à Subsecretaria de Projetos Transversais, Cooperação e Articulação Institucional, afirma que é de fundamental importância que nossos alunos compreendam as mudanças no clima e possam agir na busca por transformações significativas em seu cotidiano, evitando problemas de ordens diversas. “A educação é um fator determinante e cada vez mais urgente no combate aos impactos advindos das mudanças climáticas. Os conhecimentos relacionados aos fenômenos envolvidos ajudam a ampliar a compreensão, entender e tratar as consequências do aquecimento do planeta, entre outros, motivando-lhes a transformação de suas condutas, colaborando assim na adaptação àquilo que já é uma emergência em termos mundiais”, salientou.
A diretora adjunta Kelly Gissane Perrout Rosa enfatizou que a comunidade escolar ficou muito feliz em receber o projeto piloto do Escola no Clima, uma vez que a unidade já trabalha os efeitos das mudanças climáticas com os alunos. “Trabalhamos esse tema na escola e acreditamos na transformação no dia a dia do aluno, em projetos que trazem mudanças para nossas crianças e adolescentes e para a sociedade”, completou.
O curso foi ministrado por integrantes do Fórum das Juventudes em Mudanças Climáticas que foram capacitados e orientados pelos profissionais do Clima e de Educação. Lucas Iori, representante do fórum, ressaltou a importância da primeira escola ser no bairro do Caramujo, uma região que já sofreu com as mudanças climáticas e as ações da chuva. “Não tem como falar em mudança climática sem falar em justiça social. Me enche de satisfação ser niteroiense e ver como a cidade está na vanguarda da mudança climática, e não fica apenas no debate. A iniciativa já é responsável por colocar esses jovens na linha de frente da mudança e a capacitação para o fórum foi muito importante”, finalizou.