Por Carolina Perez
Segundo maior polo automotivo do Brasil em número de empresas (20 no total), o Cluster Automotivo Sul Fluminense tem estimado para os próximos anos um crescimento do setor em cerca de 5%. São nas cidades de Porto Real, Resende, Itatiaia e Quatis que estão presentes indústrias importantes do segmento e da cadeia produtiva, incluindo PSA Peugeot Citroën, Guardian do Brasil, Galvasud, Faurencia, MAN Latin America, Michelin, Hyundai, Heavy Industries, Nissan, Land Rover, Benteler e Suspensys. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Relações Internacionais (SEDEERI), tem trabalhado em conjunto com o cluster.
– O Cluster Automotivo do Sul Fluminense é bastante estruturado em termos de governança, o que facilita o encaminhamento de demandas do segmento junto ao Governo do Estado. Nosso trabalho tem sido na interlocução com outras secretarias do estado para, dentro das respectivas atribuições, buscar soluções integradas para atendimento das demandas. Uma delas é com a Secretaria de Estado de Transportes sobre as questões relativas aos estudos de viabilidade para melhorar o escoamento da produção das empresas nas rodovias estaduais, demandas específicas de telecomunicações junto à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia. Outro esforço que estamos realizando é com a Subsecretaria de Óleo e Gás sobre demandas de energia – detalhou o superintendente de Indústria e Agronegócio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Felipe Cáceres.
Criado há sete anos com o objetivo de alinhar a competitividade ao crescimento da indústria automotiva no Sul do estado, o cluster emprega, atualmente, cerca de oito mil trabalhadores, segundo dados da Firjan. Em número de empresas fica atrás apenas de São Paulo. Em março deste ano, o CEO Global do Grupo Volkswagen anunciou um investimento de R$ 1,5 bilhão na MAN VW Caminhões, em Resende.
– As empresas do cluster partilham boas práticas de gestão, promovem o desenvolvimento regional, ajudam na formação de uma mão de obra industrial capacitada e se unem numa só voz para uma comunicação mais assertiva com os municípios da região e, ainda, com os governos estadual e federal. A partir de 2019, as empresas voltaram a investir, e para os próximos três anos, são esperados R$ 1,5 bilhão, principalmente na industrialização de novos produtos – afirmou o presidente do cluster, João Mattosinho, que representa as empresas do polo.
Ainda de acordo com ele, a importância do cluster no cenário fluminense é extrema para o desenvolvimento da economia do estado. Mattosinho ressalta o desafio das empresas em conciliar a competição e a cooperação.
– Representamos um faturamento de R$16 bilhões por ano, o que representa quase 10% da indústria de todo o estado do Rio de Janeiro. Por isso, nosso lema é ‘unidos dentro para competir fora’ – afirmou o presidente.
Fonte: http://rj.gov.br