
A Caixa Econômica Federal deu início, nesta segunda-feira (5), à nova fase do Minha Casa, Minha Vida, agora voltada à classe média. Famílias com renda mensal de até R$ 12 mil já podem contratar financiamentos pela Faixa 4 do programa habitacional, que permite a compra de imóveis de até R$ 500 mil, com juros a partir de 10% ao ano e prazo de pagamento de até 35 anos.
A nova modalidade surge após aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), que regulamentou o uso de recursos alternativos ao FGTS, como caderneta de poupança, LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e lucros do fundo, permitindo à Caixa ampliar o alcance do programa.
Como funciona a nova Faixa 4
A Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida contempla imóveis de até R$ 500 mil. Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o programa financia até 80% do valor, tanto para imóveis novos quanto usados. Já no Sul e Sudeste, o financiamento para imóveis usados fica limitado a 60%.
Com juros nominais de 10% ao ano, os contratos podem ser pagos em até 420 meses, o equivalente a 35 anos. Os financiamentos utilizam, além do FGTS, recursos próprios das instituições financeiras parceiras, viabilizando melhores condições para a classe média brasileira.
Outras faixas também foram atualizadas
Além da criação da Faixa 4, o programa habitacional teve reajustes nas faixas anteriores. Veja como ficaram os novos limites:
- Faixa 1: renda de até R$ 2.850, com subsídio de até 95% do valor do imóvel.
- Faixa 2: renda entre R$ 2.850,01 e R$ 4.700, com subsídio de até R$ 55 mil e juros reduzidos.
- Faixa 3: renda de R$ 4.700,01 a R$ 8.600, com juros nominais de 8,16% ao ano + TR. Cotistas do FGTS pagam 7,66% ao ano.
A Faixa 3 também poderá contar com recursos do Fundo Social do Pré-Sal, o que deve ampliar a oferta de crédito e reduzir a burocracia para famílias com renda intermediária.
Financiamento mais acessível para mais brasileiros
O novo formato do Minha Casa, Minha Vida tem como objetivo atender uma fatia maior da população, oferecendo condições acessíveis de financiamento habitacional mesmo para quem não se enquadrava nas faixas tradicionais do programa.
Famílias das faixas 1 e 2 também poderão contratar na faixa 3, mas perdem o direito aos subsídios. Ainda assim, contam com taxas de juros competitivas e ampliação do acesso ao crédito.