Velha Guarda da Portela
Foto: Divulgação

O Rio de Janeiro oficializou, no Dia do Samba, um reconhecimento que mexe com a memória e com a identidade do Carnaval carioca. As Velhas Guardas das escolas de samba agora são patrimônio imaterial do Estado, reforçando a preservação de tradições que atravessam gerações.

Velhas Guardas são patrimônio imaterial do RJ

O governador Cláudio Castro (PL) sancionou, nesta terça-feira (2), Dia do Samba, o reconhecimento oficial das Velhas Guardas das escolas de samba como patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro.

A decisão, publicada no Diário Oficial, reforça a preservação da memória do samba e destaca a importância desses grupos para a formação cultural fluminense. A lei é de autoria do deputado Dionísio Lins (Progressistas).

Lei sancionada por Cláudio Castro (PL) e publicada no Diário Oficial

Segundo o governo, as Velhas Guardas representam a memória viva do samba e do carnaval, e o reconhecimento busca valorizar as matriarcas e patriarcas que ajudaram a construir a identidade cultural do Rio.

Além disso, a medida ressalta a contribuição das Velhas Guardas para manter a identidade de cada escola, preservando saberes, rituais e tradições que atravessam gerações.

Memória viva dentro das escolas de samba

Esses sambistas — muitos com décadas dedicadas às agremiações — são considerados referência de elegância, cadência e ancestralidade. Com histórias que vão dos terreiros e quintais onde o samba nasceu até a Marquês de Sapucaí, as Velhas Guardas funcionam também como conselhos vivos dentro das escolas.

Na prática, elas:

  • preservam o modo tradicional de vestir e desfilar;
  • orientam novas gerações;
  • ajudam a garantir o respeito às raízes,
    sendo tratadas como instituições fundamentais no universo do Carnaval carioca.

Cacique de Ramos faz homenagem a baluartes da “Diretoria de Ouro”

A semana também foi de homenagens no Cacique de Ramos, um dos blocos mais tradicionais do Rio. No domingo (30), o bloco concedeu o título de baluartes a três integrantes da Diretoria de Ouro cujo percurso se entrelaça à história do grupo: Walter Pereira, de 81 anos; Sidney Machado, o Chopp, de 84; e Teteu José, de 77.

baluartes cacique
Foto: Márcio Lopes/Divulgação

Os mais experientes, reconhecidos internamente como os 70+, participaram de um ensaio fotográfico. Recebido sob aplausos, o trio se emocionou ao agradecer o reconhecimento, feito em nome do saudoso líder Bira Presidente e da atual dirigente Karla Marcely.