CULTURA – Rodrigo Santos, mestre na arte da poesia, autor profundo que, com seus questionamentos viscerais, espalha sua arte para realmente mexer com o pensamento e com a alma do leitor, envereda por novos caminhos e apresenta ao público seu novo romance: MACUMBA.
Na obra, o autor constrói um thriller policial baseado na riqueza cultural das religiões afro-brasileiras. Escravidão, orixás, religiosidade e paixão, em um embate sagrado, onde o que está em jogo é a sobrevivência do importante legado trazido pelos nossos ancestrais africanos, os diferentes ritos pejorativamente conhecidos como Macumba.
O primeiro evento de lançamento acontecerá dia 17 de janeiro, às 18h, na Livraria Folha Seca, Rua do Ouvidor 37, Centro, Rio de Janeiro. Entrada Franca
Hoje: Um detetive evangélico se depara com estranhas e peculiares mortes.
O cenário é o mesmo: centros de candomblé e umbanda no Rio de Janeiro.
Sem poder negar o que seus olhos veem, mesmo com todas as pré-concepções que sua religião o imputa, ele começa a investigar o que parece ser “impossível” de acontecer a olhos humanos.
Ontem: O maior feiticeiro da África é capturado e arrastado para o outro lado do oceano, sob a chaga da escravidão, sofre sob o julgo de seus senhores e morre, vítima de uma traição.
Ele, decepcionado e sentindo-se abandonado por seus, antes, adorados deuses, promete vingança, vendeta esta que o acompanha em sua pós morte.
Uma cultura milenar é posta em xeque ao ser perigosamente atropelada pelo desconhecido. Na configuração macabra que se apresenta ninguém está seguro. Qualquer médium pode ser a próxima vítima e só um homem temente a Deus pode salvá-la – mesmo que sua fé seja outra.
O AUTOR
Rodrigo Santos
40 anos, gonçalense, pai do Miguel, marido de Maria Isabel, flamenguista, escritor, professor e corredor de rua. É um dos criadores do projeto “Uma Noite na Taverna”, sarau mensal que aconteceu durante 13 anos em São Gonçalo – RJ. Vencedor do prêmio FLUPP Pensa 2012, e autor de “Máscaras sobre Rostos Descarnados” (poesia) e “Mágoa” (romance), já jogou bola com Zico e já viu um peixe-lua.
ASPAS DO AUTOR
“Eu quero que o livro seja lido, principalmente por aqueles que não conhecem o tema. Acredito que o preconceito – todo preconceito – nasce da ignorância, do afastamento, de ver qualquer coisa como “do outro”. Quando você se apropria do conhecimento e passa a ser você também o outro, o preconceito acaba. Se for lido em sala de aula, ótimo. Nós precisamos falar sobre isso. Os ritos afro-brasileiros possuem milhões de adeptos, estão em toda parte do nosso território, está mais do que na hora de aprendermos a conviver respeitosamente com aqueles que buscam o Bem de maneira diferente da nossa.”
Conheça um pouco mais sobre o livro Macumba: