A segunda edição do Web Summit Rio chegou ao fim, atraindo quase 35 mil pessoas (34.397) por dia ao evento, 61% a mais que na primeira edição, em 2023, quando 21.367 pessoas participaram por dia. Ao todo, 102 países estiveram representados. Em um mercado dominado por homens, também teve forte participação das mulheres: 47,5% entre os participantes e 39% dos palestrantes e debatedores. Os acordos de cooperação assinados durante os três dias de evento pela Invest.Rio, a agência de promoção e atração de investimentos da Prefeitura do Rio, devem gerar cerca de R$ 1 bilhão (US$ 200 milhões) em negócios para a cidade, a serem investidos nos próximos quatro anos. Além desses valores, a expectativa da prefeitura é que o Web Summit movimente na cidade R$ 1,5 bilhão nas seis edições do evento, até 2028, de acordo com um estudo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico.
– O Web Summit foi um sucesso, conseguimos fechar US$ 200 milhões em acordos para a cidade. Estamos super satisfeitos e animados, esperando até que a edição do ano que vem seja ainda maior que essa. Tivemos cerca de 35 mil pessoas por dia no evento. Acho que temos capacidade de chegar aos números parecidos com Lisboa, atingindo 70 mil, até porque temos a América Latina toda querendo aportar e a chegar aqui no nosso evento – resumiu Chicão Bulhões, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico.
Segundo a organização do evento, passaram pelos corredores do Riocentro 1.066 startups, representando 42 países e 31 indústrias. As mulheres representaram 45% dos fundadores de startups; 22% eram negros. O Web Summit Rio também atraiu 499 investidores e 175 empresas parceiras, entre as quais, IBM, Huawei e Salesforce. Nesta segunda edição, 844 veículos de comunicação cobriram o evento, que teve 518 palestrantes.
Investimentos para a cidade do Rio
Por meio da Invest.Rio, foram fechados pelo menos 10 acordos de cooperação, que devem se reverter em US$ 200 milhões em investimentos na cidade nos próximos quatro anos, com destaque para a Unicorn Factory, que visa a atrair startups de Lisboa para se estabelecer aqui, promovendo a integração dos ecossistemas. E para a Kate Capital, por meio da empresa Kate Blockchain, responsável pela tokenização do grupo de inovação FCJ Venture Builder.
De acordo com o presidente da Invest.Rio, Alexandre Vermeulen, o Web Summit é uma oportunidade única de trazer mais visibilidade e mostrar todo o potencial de negócios que temos na cidade.
– O número de investimentos, no mínimo, dobrou da edição passada para esse ano. Fizemos mais de 60 reuniões de negócios com investidores, fundos de venture capital, academia e representações diplomáticas de internacionalização de empresas. Fechamos vários acordos de cooperação técnica, que certamente terão grande impacto econômico. O Rio de Janeiro é lindo, tem muitas belezas naturais, mas também tem muitas vocações como energia, óleo e gás, economia criativa, saúde, biotecnologia, economia do clima e turismo. Estamos caminhando também para ser a capital da inovação na América Latina – avaliou Alexandre Vermeulen.
Startup20 ajuda a alavancar a internacionalização o Web Summit e da cidade
O Web Summit foi palco também de um encontro do G20, o grupo das maiores economias do mundo, que ter a sua reunião de Cúpula nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. O Startup20 é um grupo de engajamento criado na Índia, no ano passado. A ABStartups organizou o encontro no Rio, que reuniu 420 participantes, com delegações de 22 países e da União Europeia. Esta foi a segunda reunião neste ano do grupo, que esteve em Macapá em fevereiro. Entre os principais debates, políticas públicas para inovação, ESG, regulação financeira e fintechs e os impactos da inteligência artificial. O presidente do Comitê Rio G20 celebrou os resultados do encontro.
– A ideia do prefeito Eduardo Paes foi a colocar o G20 dentro do Web Summit com o Startup20. Essa visão promoveu uma economia maior de recursos e uma sinergia com este grande evento internacional de inovação. A reunião de dois dias foi bem sucedida, contou com um número expressivo de 400 participantes, dentre representantes de empresas, agências de fomento, e órgãos públicos de 23 países. O Startup20 é uma oportunidade para debater questões fundamentais sobre inovação e empreendedorismo e para que lideranças dos setores de inovação possam apresentar um comunicado para os líderes de governo e de Estado das maiores economias do mundo, que se reunem na Cúpula do G20 em Novembro – afirmou Lucas Padilha.