
Pode parecer óbvio. Mas o Museu de Arte Contemporânea (MAC), tão conhecido e decantado nos quatro cantos do mundo, criação do gênio Oscar Niemeyer e atual símbolo da nossa cidade, é assunto da coluna de hoje. Todos falam do MAC. Mas poucos vão expor a visão que eu, cidadao, morador, contribuinte e jornalista, vou contar pra vocês.
A começar que o MAC não é uma nave espacial, um disco voador. É inspirado na flor de lótus, aquela que é um símbolo poderoso em diversas culturas, especialmente na asiática, onde representa pureza, renascimento e espiritualidade. Ela cresce em águas lamacentas, mas floresce com uma beleza imaculada, o que inspira metáforas sobre superação e iluminação. No budismo, é associada ao caminho da sabedoria e à elevação espiritual, enquanto no hinduísmo está ligada a divindades como Lakshmi e Brahma. Além de seu significado simbólico, a flor de lótus encanta pela estética delicada de suas pétalas e pela capacidade de se abrir ao sol e se fechar à noite, em um ciclo que reforça sua conexão com a renovação.
Como fã de Niemeyer, o ícone mundial da música pop David Bowie, de passagem pelo Rio de Janeiro para um show, em 1997, resolveu vir conhecer ao vivo o museu. Tms foto disso, com o jornalista Silvio Essinger de papagaio de pirata na foto. Em uma entrevista à MTV Brasil em 1997, o astro britânico afirmou que visitar Brasília para ver as obras de Niemeyer era “quase uma procissão”. Bowie se encantava com a estética futurista e a ousadia das curvas do arquiteto brasileiro, que rompia com os padrões tradicionais da arquitetura. Para Bowie, Niemeyer representava uma expressão artística única, capaz de transformar concreto em poesia visual.
Como sempre, muita gente não entendeu o MAC no começo. O ex-prefeito Jorge Roberto Silveira sofreu inúmeras críticas na época que anunciou a obra. Basta olhar a imprensa local do início da década de 90. Diziam que era uma obra elitista, que era coisa de comunista, que Niterói precisava de milhões de outros projetos e que este museu não seria prioridade. Até sua inauguração, em 1996, Falaram que seria um gasto público desmensurado e etc. Houve uma campanha de parte dos cidadãos locais e parte da imprensa fluminense contra o MAC.
Questionaram sua utilidade prática, especialmente diante de problemas urbanos mais urgentes. Alguns viam o formato futurista como destoante da paisagem local, enquanto outros temiam que o museu se tornasse um “elefante branco”.
Como o tempo é o senhor da razão, eis o MAC. Cartão postal da cidade. Destino de 9 entre 10 gringos que venham ao Brasil. Conquistou reconhecimento internacional e passou a ser valorizado como símbolo cultural e artístico em todo o Planeta Terra.
Evoé, MAC. E a você, querido leitor, até a próxima coluna.

Atuante no jornalismo fluminense desde a adolescência, Leonardo Rivera teve passagens por jornais de sua cidade, Niterói – como os saudosos LIG e Opinião, além do diário A Tribuna. Tornou-se diretor artístico da área musical no final dos anos 90, tendo trabalhado na Universal Music com grandes nomes da nossa música, e em seguida criou um selo para novos talentos. Também se tornou escritor, ao lançar a biografia sobre Seu Jorge (2015) e participar da equipe da autobiografia de Luiz Fernando Guimarães (2022). Segue dirigindo o selo musical, colaborando com biografias e veículos de comunicação.
Atuante no jornalismo fluminense desde a adolescência, Leonardo Rivera teve passagens por jornais de sua cidade, Niterói – como os saudosos LIG e Opinião, além do diário A Tribuna. Tornou-se diretor artístico da área musical no final dos anos 90, tendo trabalhado na Universal Music com grandes nomes da nossa música, e em seguida criou um selo para novos talentos. Também se tornou escritor, ao lançar a biografia sobre Seu Jorge (2015) e participar da equipe da autobiografia de Luiz Fernando Guimarães (2022). Segue dirigindo o selo musical, colaborando com biografias e veículos de comunicação.