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Túnel Charitas-Cafubá já recebeu mais de 2 milhões de veículos

Túnel Charitas-Cafubá já recebeu mais de 2 milhões de veículos

Média de carros por dia chegou a 30 mil nos meses de maio e junho 

Neste domingo, o túnel Charitas-Cafubá completou três meses de funcionamento. Desde a abertura ao tráfego de veículos, no dia 6 de maio, até o último dia 2 de agosto, 2,352 milhões de veículos passaram pelas duas galerias. A média de carros por dia entre os meses de maio e junho chegou a 30 mil diariamente.

Não houve nenhum registro de acidente no interior do túnel neste período. Os horários de maior movimento são nos dias úteis das 6h30 às 10h30 e das 17h ás 19horas. Já aos sábados, domingos e feriados, o aumento do fluxo de veículos é entre 9h e 11horas.

“O túnel é muito mais que uma obra viária, é um conceito de sustentabilidade, que terá moderno sistema de transporte público, além das ciclovias, encurtando distâncias e trazendo mais qualidade de vida para as pessoas”, diz o prefeito de Niterói Rodrigo Neves, ressaltando que a abertura do túnel possibilitou, ainda, resultados positivos no trânsito ao desafogar pontos tradicionalmente críticos como o Largo da Batalha e a Avenida Presidente Roosevelt.

O túnel conta com um moderno Centro de Controle Operacional (CCO), que utiliza um sistema inteligente de monitoramento com equipamentos que informam, em tempo real, tudo que acontece nas galerias, permitindo o rápido acionamento de órgãos de socorro e segurança em caso de necessidade. São 40 câmeras, seis painéis de mensagens, 80 interfones de emergência e 200 sinalizadores de evacuação de área.

Para a iluminação são usadas 1.100 lâmpadas de LED. O túnel tem, ainda, sistema de exaustão com 16 ventiladores e moderno sistema de sonorização para emergências com 252 megafones, sendo 120 em cada galeria e mais quatro em cada porta de saída de emergência, com seis conjuntos de amplificadores.

Atualmente, 10 agentes da NitTrans atuam no túnel e entorno diariamente. A equipe conta com três picapes, quatro motos e dois reboques. São duas galerias (uma em cada sentido), cada uma com aproximadamente 1,3 quilômetros de extensão e três pistas (duas para carros, uma para ônibus do sistema BHS), além de uma ciclovia. A Nittrans reforça que os ciclistas devem usar a pista exclusiva trafegando no mesmo sentido dos carros e lembra, ainda, que não é permitido atravessar o túnel a pé.

Obra esperada há mais de 70 anos 

O primeiro esboço do túnel de que se tem registro é um rascunho de 1943, divulgado pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Há 70 anos surgiram as primeiras versões de projeto para a realização da obra. No entanto, nenhuma delas foi à frente.

A primeira detonação do túnel Charitas-Cafubá foi feita em julho de 2015 e a perfuração consumiu 600 mil quilos de explosivos. O material removido durante as detonações foi aproveitado na obra da TransOceânica. Durante a obra não foi registrada nenhuma ocorrência grave ou acidente com vítimas.

A obra do túnel foi concluída em um ano e seis meses. O túnel Icaraí-São Francisco, por exemplo, demorou cinco anos para ser entregue, sendo cinco vezes menor que o novo túnel. No Rio, o túnel Santa Bárbara, com a mesma medida do Charitas-Cafubá, demorou mais de 10 anos para ficar pronto.

Sustentabilidade

Ações relacionadas à sustentabilidade se destacam no projeto do túnel Charitas-Cafubá. Desde a obra, as questões ambientais tiveram atenção especial. Três mil toneladas de rochas foram retiradas na perfuração do túnel e foram reutilizadas.

Para a iluminação do túnel, foram escolhidas lâmpadas de LED, que alcançam melhor performance com menor gasto de energia. Também haverá sistema de monitoramento da qualidade do ar no interior das galerias através de sensores de monóxido de carbono (CO), opacidade e de óxidos de nitrogênio (NOx).

Ciclovias

O túnel conta com ciclovias nas duas galerias, proporcionando ainda mais espaço na cidade para a bicicleta como meio de transporte. No último ano, o número de ciclistas em Niterói aumentou 67%. Com a construção da TransOceânica, serão mais 16 quilômetros de malha cicloviária, incluindo pistas exclusivas, inclusive dentro do túnel, e compartilhadas para os ciclistas.

O túnel em números

2 galerias

1,3 quilômetros aproximadamente cada galeria

600 mil quilos de explosivos foram consumidos

3 mil toneladas de rochas na perfuração do túnel

1ano e seis meses para a conclusão da obra

1.100 lâmpadas de LED

16 ventiladores fazem parte do sistema de exaustão

40 câmeras

6 painéis de mensagens

80 interfones de emergência

200 sinalizadores de evacuação de área

60 km/h velocidade permitida

1ª detonação em julho de 2015

252 megafones, sendo 120 em cada galeria e mais quatro em cada porta de saída de emergência, com seis conjuntos de amplificadores

Foto: Alexandre Vieira