
Um intenso tiroteio durante uma operação policial no Complexo da Pedreira, na Zona Norte do Rio, na manhã desta sexta-feira (24), provocou cenas de pânico e levou ao fechamento compulsório de um posto de saúde na Fazenda Botafogo. A ação, que ocorre após confrontos na região do Complexo do Chapadão na tarde de quinta-feira (23), interrompeu o atendimento à população e expôs funcionários e pacientes a situação de extremo medo.
Imagens gravadas por celular dentro da unidade de saúde, que circulam nas redes sociais, mostram o desespero de quem estava no local. Funcionários de jaleco branco e pacientes, incluindo idosos e crianças, são vistos se agachando atrás de balcões e corredores, tentando se proteger dos tiros que ecoavam nas proximidades.
Por segurança, a administração do posto decidiu pelo fechamento imediato da unidade, sem previsão de retorno das atividades.
A operação que desencadeou o caos foi deflagrada pelo 41º BPM (Irajá). De acordo com a Polícia Militar, as equipes foram acionadas para averiguar a presença de um veículo com a carroceria aberta, aparentemente abandonado, na Rua Maria Helena, na Pavuna.
No local, os policiais encontraram o proprietário do carro, o motorista e um ajudante. Eles relataram ter sido vítimas de uma abordagem por parte de criminosos enquanto trafegavam pela Avenida Chrisóstomo Pimentel de Oliveira.
O caso foi registrado na 39ª DP (Pavuna), onde a investigação segue em andamento para apurar os detalhes do assalto e a autoria do crime. Enquanto isso, a população da Fazenda Botafogo fica sem um serviço de saúde essencial, e a comunidade local revive o trauma da violência armada, um reflexo da escalada de operações em áreas densamente povoadas.
O episódio reforça o debate sobre o impacto dessas ações na rotina e na segurança de cidadãos comuns, que veem seu direito básico à saúde ser suspenso em meio ao conflito.