
Após dias de intensa tensão na zona de conflito entre Israel e Irã, o secretário de Ordem Pública e Segurança de Niterói, Gilson Chagas, chegou no Brasil nesta quarta-feira (18).
Chagas integrava uma comitiva brasileira que estava em Israel desde o último dia 9, para participar de um intercâmbio internacional com prefeitos e profissionais de segurança pública.
No entanto, no dia 13, o grupo foi surpreendido por bombardeios e ataques com drones, que levaram à interrupção da agenda oficial.
Saída emergencial por apoio diplomático
Após enfrentar momentos de grande apreensão, o secretário conseguiu deixar Israel na última segunda-feira (16), junto com os demais integrantes da delegação. O grupo cruzou a fronteira de ônibus até a Jordânia, onde embarcou para o retorno ao Brasil.
Segundo o vice-presidente de Relações Internacionais da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Rodrigo Neves, a saída emergencial só foi possível graças ao apoio do Itamaraty e das embaixadas brasileiras na região.
Entre os membros da comitiva estavam o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, o prefeito de Macaé, Welberth Rezende, e representantes de diversas cidades brasileiras. O avião pousou no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio, por volta das 14h30 desta quarta.
CNM acompanhou resgate dos gestores
A Confederação Nacional de Municípios (CNM), por meio do presidente Paulo Ziulkoski e do tesoureiro Nélio Aguiar, monitorou a situação e articulou junto ao Governo Federal e à Embaixada da Jordânia para garantir a evacuação segura dos gestores.
O grupo havia participado de visitas ao Centro Internacional de Liderança, conhecendo tecnologias de inteligência artificial, patrulhamento com drones, controle inteligente de semáforos e soluções para cidades inteligentes — inovações que podem ser adaptadas para Niterói no futuro.
Momentos de tensão durante os ataques
A missão foi abruptamente interrompida com o agravamento do conflito entre Israel e Irã. Durante a madrugada da última sexta-feira (13), por volta das 2h30, o grupo foi surpreendido por ataques com drones.
Segundo Gilson Chagas, ao ouvir os alarmas de emergência e sirenes de ataque, ele e os demais membros da delegação seguiram o protocolo de segurança e se abrigaram em um bunker seguro, equipado com água, eletricidade e internet. De acordo com o prefeito Rodrigo Neves, Chagas teve que se deslocar ao abrigo três vezes na mesma madrugada, em resposta aos alarmes de risco extremo.