A Polícia Civil prendeu três homens suspeitos de envolvimento em roubos de carga, nesta quinta-feira (11), durante mais uma etapa da Operação Torniquete, realizada em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Os criminosos foram localizados no bairro de Santa Luzia.
De acordo com as investigações, os suspeitos teriam deixado outra área da cidade após uma outra ação policial no Complexo do Salgueiro. A operação, que tem como foco o combate a facções criminosas, provocou confrontos intensos na região.
A prisão foi feita por agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas da Capital, após o recebimento de informações indicando que um grupo estaria transportando mercadorias provenientes de crimes. Ao chegar ao local, os policiais encontraram os três homens com grande quantidade de drogas e três motocicletas roubadas. Os suspeitos já possuíam registros anteriores por roubo.
Fuga durante operação no Salgueiro
As apurações da DRFC apontam que o trio seguiu para o bairro de Santa Luzia após a deflagração da Operação Contenção, realizada por policiais civis e militares no Complexo do Salgueiro, também em São Gonçalo. Durante a ação, houve confronto armado, uso de barricadas incendiadas e veículos queimados para dificultar o avanço das equipes.
O clima de insegurança impactou diretamente os serviços públicos da região, levando ao fechamento de seis escolas e sete unidades de saúde.
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Migração de criminosos entre comunidades
Segundo o delegado Luiz Fernando Moura, titular da DRFC, a operação desta quinta-feira foi desencadeada após informações de que criminosos ligados ao Complexo do Guindia planejavam sair para cometer roubos de carga.
Como as comunidades do Guindia e do Salgueiro são vizinhas, a movimentação dos suspeitos ocorreu logo após uma ação policial naquela área.
O que é a Operação Torniquete
A Operação Torniquete tem como objetivo combater roubos, furtos e a receptação de cargas e veículos, crimes que, segundo a Polícia Civil, financiam facções criminosas, disputas territoriais e o sustento de familiares de integrantes presos ou em liberdade.
Desde setembro de 2024, a operação já resultou em mais de 710 prisões, além da recuperação de cargas e veículos avaliados em quase R$ 44 milhões. As ações também ultrapassaram R$ 70 milhões em bloqueio de bens e valores.