
Autoridades do Ministério Público do Rio de Janeiro afirmam que o Comando Vermelho (CV) utiliza diferentes comunidades como locais de esconderijo para seus chefes. Segundo o órgão, essa estratégia envolve diversos complexos do estado, incluindo o Salgueiro, em São Gonçalo, apontado como um dos pontos de abrigo de lideranças da facção.
O documento que embasou a ação das polícias Civil e Militar no início da semana revela que esses territórios oferecem proteção reforçada, com armas de grande poder e barricadas que dificultam o acesso das forças de segurança. A denúncia cita que tanto criminosos cariocas quanto de outros estados encontram refúgio nessas regiões.
Lideranças se distribuem em áreas estratégicas
Entre os exemplos destacados pelo Ministério Público está Daniel Afonso de Andrade, conhecido como Danado. Ele é apontado como responsável pelo Morro Jorge Turco, em Rocha Miranda, e estaria abrigado no Complexo da Penha, na Zona Norte. Conforme o relatório, ele presta contas diretamente às lideranças da região, administrando o dinheiro obtido com a venda de drogas.
O Complexo da Penha também recebe criminosos que atuam na Baixada Fluminense. Um deles é José Severino da Silva Junior, chamado de Jetta ou Soró, que já acumula 31 passagens pela polícia e comanda áreas em Belford Roxo. Outro citado é Thiago Barbosa Conrado, conhecido como Taz ou TH do Rasta, investigado por vários crimes e considerado chefe da comunidade do Rasta, em Duque de Caxias. Ambos são descritos como responsáveis por apresentar os valores arrecadados nas localidades dominadas por eles.
Criminosos de outros estados também são encontrados
Os dados levantados após a megaoperação mostram que 113 suspeitos foram presos, sendo que 33 deles vieram de fora do Rio de Janeiro. O relatório menciona representações de estados como Bahia, Pernambuco e Pará entre os detidos.
Ainda segundo o Ministério Público, um dos responsáveis por essa articulação é Eduardo Lisboa de Freitas, conhecido como Du Mec. Ele é apontado como gerente do tráfico no Complexo da Penha, com funções que vão desde a organização da segurança das áreas de venda de drogas até a negociação da chegada de traficantes de outros locais do país.
São Gonçalo aparece entre os principais pontos de abrigo
Além dos complexos da Penha e do Alemão, a denúncia menciona que áreas como o Salgueiro, em São Gonçalo, e a Rocinha, na Zona Sul do Rio, também são utilizadas para esconder chefes da facção. Para o Ministério Público, o motivo é a estrutura montada nessas comunidades, que garante proteção e controle do território.
 
											 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
