
São Gonçalo registrou, nesta quarta-feira (10), a prisão de um jovem de 18 anos acusado de usar jogos virtuais para extorquir jogadores. A ação foi conduzida por equipes especializadas do Rio de Janeiro e do Paraná, após a denúncia de uma vítima que relatou ter sido chantageada durante uma partida online.
A investigação começou quando uma pessoa de Curitiba procurou a polícia e afirmou que, ao participar do jogo, foi persuadida pelo suspeito a instalar um arquivo no computador. Com o programa executado, o jovem teria assumido o controle remoto da máquina e acessado dados pessoais da vítima.
A partir daí, as exigências começaram, envolvendo cobranças por Pix e pedidos de envio de criptoativos. Antes de denunciar o caso, a vítima chegou a pagar R$ 10 mil.

Operação em São Gonçalo reúne diferentes forças policiais
A prisão ocorreu em São Gonçalo e reuniu agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, da Delegacia Antissequestro, da Polícia Militar do Rio e policiais civis do Paraná. Após a captura, o jovem foi levado ao sistema penitenciário.
Por ordem judicial, ao menos R$ 30 mil foram bloqueados em contas bancárias e carteiras digitais ligadas ao suspeito. A ação também resultou na apreensão de celulares, computadores, cartões bancários e documentos que indicariam atividades ilícitas.
Golpes digitais seguem crescendo no Brasil
O caso em São Gonçalo acontece em um cenário de alta nos prejuízos causados por crimes virtuais. Dados da pesquisa Golpes com Pix, da empresa Silverguard, apontam que o valor médio perdido por vítimas em 2025 chegou a R$ 2.540, um aumento de 21% em relação ao ano anterior.
O estudo ainda mostra que pessoas idosas são as mais atingidas, representando 30,8% dos casos. Quem tem 60 anos ou mais perde, em média, R$ 4.820, valor muito superior ao registrado entre jovens de 18 a 24 anos, cujo prejuízo médio é de R$ 964.