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Rio de Janeiro - Estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) relatam que durante a operação policial no Complexo da Maré ocorreu um disparo que atingiu uma sala de aula da unidade de Ciências Exatas — Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), na Ilha do Fundão. A sala apontada foi a F2018.

Segundo relatos, ao menos dois projéteis foram identificados — uma foto compartilhada por alunos mostra a evidência. Outro tiro teria atingido o banheiro feminino da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ (FAU), o que aumentou a tensão entre estudantes.

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Operação da polícia visava grupo armado da Maré; helicóptero pousou no campus

De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a ação tinha por objetivo desarticular um grupo de narcotraficantes fortemente armados que se preparavam para invadir uma comunidade rival. A intervenção, conduzida pela Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil (SsIN) e pela Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), ainda estava em andamento no momento dos relatos.

O uso de helicóptero policial foi confirmado — a aeronave chegou a pousar na área da FAU durante a operação, o que reforça a gravidade da situação.

Foto: Reprodução

Trânsito também foi afetado: Linha Amarela ficou fechada em parte da manhã

Paralelamente à ação policial, a Lamsa — concessionária da Linha Amarela — confirmou que a via expressa foi interditada completamente no sentido Fundão, na altura da Vila do João. A interdição provocou reflexos diretos no tráfego e mobilidade de quem passava pelo Rio naquele período.

O Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura do Rio (COR-Rio) orientou motoristas a buscar rotas alternativas e evitar a região.

Pista da Linha Amarela, sentido Fundão, com o reforço de segurança sendo realizado por equipes do RECOM, em apoio ao BPVE, na altura da Vila do João. Por segurança, o fluxo de trânsito pode ser interrompido, em virtude de uma operação. Foto: PMERJ

Estudantes relatam choque, medo e paralisação das aulas

O incidente gerou clima de apreensão entre estudantes e funcionários da UFRJ. Muitos relataram sensação de insegurança, paralisação das atividades e temor pela própria integridade — especialmente pelo fato de disparos terem atingido áreas de convivência comum como sala de aula e banheiro feminino.

Embora ainda não haja confirmação de feridos dentro da universidade, o episódio reacende o debate sobre segurança e proteção de estudantes em momentos de operações policiais no entorno da Ilha do Fundão.