
O Centro do Rio ganhou uma nova referência cultural. A prefeitura oficializou o “Baixo Jaguar”, trecho da Rua da Carioca batizado em memória do cartunista Jaguar, ícone da imprensa alternativa e da boemia carioca. A homenagem reforça o legado de irreverência que marcou sua obra.

Prefeitura cria o “Baixo Jaguar”
Nesta terça-feira (9), a Prefeitura do Rio publicou no Diário Oficial o decreto que denomina o trecho da Rua da Carioca, entre a Avenida Passos e a Rua Uruguaiana, como “Baixo Jaguar”. A medida reconhece a importância de Sérgio Jaguaribe, o Jaguar, um dos maiores cartunistas do Brasil.
O artista faleceu em 24 de agosto, aos 93 anos, em decorrência de complicações de uma infecção respiratória. Leia mais sobre a morte do fundador do Pasquim, Jaguar.
Jaguar e o legado do Pasquim
Nascido no Rio, Jaguar foi um dos fundadores de O Pasquim, lançado em 1969. O semanário se tornou símbolo de irreverência e resistência durante a ditadura militar.
Criador de personagens como o ratinho Sig, mascote do jornal, e Gastão, o Vomitador, Jaguar usava o humor ácido e a sátira política para driblar a censura com inteligência e deboche.
Homenagem à identidade carioca
O decreto ressalta Jaguar como “cronista visual dos hábitos da cidade, da boemia, do cotidiano e do bom humor”, atributos que marcam a identidade cultural carioca.
A Rua da Carioca, conhecida como polo cultural e boêmio — também apelidada de “Rua da Cerveja” —, ganha agora uma denominação que reforça seu vínculo com a irreverência e a história da cidade.
Último da geração do Pasquim
Jaguar foi o único integrante da equipe original de O Pasquim a permanecer até a última edição, em 1991. Para gerações de cartunistas e jornalistas, tornou-se referência, deixando um legado que uniu humor, resistência e cultura carioca.