
A partir do próximo mês, o Governo do Estado do Rio de Janeiro dará início ao pagamento de bônus financeiros a policiais que apreenderem fuzis durante operações. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (27) pelo governador Cláudio Castro (PL), que confirmou que os primeiros valores serão pagos em junho a 26 policiais militares do Bope — que juntos retiraram 24 fuzis das ruas.
O total de R$ 120 mil será dividido entre os agentes com base no decreto estadual publicado em 2023, que estabelece um bônus de R$ 5 mil por fuzil apreendido, pago à equipe responsável pela ação.
“Essa medida tem dois objetivos: valorizar o trabalho dos nossos agentes e atuar estrategicamente para reduzir a letalidade policial”, afirmou Castro.

Mais de 260 fuzis já foram apreendidos em 2024
De acordo com o governador, somente neste ano, a Polícia Militar do Rio já apreendeu 264 fuzis, enquanto em 2023 foram 732 armas de longo alcance retiradas de circulação pelas forças de segurança estaduais.
A ação faz parte de um conjunto de estratégias voltadas para enfrentar o tráfico de armas e reduzir a violência armada no estado, especialmente em comunidades dominadas por grupos criminosos.
Procedimentos rigorosos para liberação do pagamento
Apesar dos bons resultados, o pagamento do bônus não é automático. O decreto que regulamenta o programa exige uma série de etapas formais, incluindo a apresentação de um laudo pericial da arma, emitido pelo Departamento Geral de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil. Esse laudo precisa estar anexado ao procedimento policial que originou a apreensão.
Além disso, policiais civis ou militares afastados por medidas disciplinares ficam impedidos de receber a bonificação enquanto durar o afastamento, conforme prevê a norma.
Governador cobra penas mais severas para quem porta fuzis
Durante o anúncio, Cláudio Castro também reforçou a importância de mudanças na legislação penal, defendendo penas mais duras para criminosos flagrados com fuzis, armas classificadas como armamento de guerra.
“Não é possível que um criminoso com um fuzil na mão seja tratado da mesma forma que alguém portando uma arma comum. Precisamos de um arcabouço legal mais rígido para conter esse tipo de crime”, declarou.