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Polícia Civil entra na Fiocruz em busca de criminosos

Polícia Civil entra na Fiocruz em busca de criminosos. Operação em Manguinhos resulta em tiroteio e intensa movimentação na região.

Reprodução/Redes Sociais
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Rio de Janeiro - Na manhã desta quarta-feira (8), policiais civis realizaram uma operação em Manguinhos que resultou em intensa movimentação na região da Rua Leopoldo Bulhões, próximo ao CTE Benfica, no Rio de Janeiro. Por volta das 9h30, um tiroteio foi registrado, e um projétil atingiu o vidro da sala de Automação, localizada ao lado das Caldeiras do CHP de Bio-Manguinhos, dentro do campus da Fiocruz.

Equipes da Polícia Civil estão dentro da Fiocruz tentando localizar criminosos que teriam fugido de Manguinhos.

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Fiocruz emite informe de segurança

Diante do caso, a presidência da Fiocruz divulgou um Informe de Segurança às 10h10, informando sobre as medidas tomadas para garantir a segurança no campus Manguinhos-Maré. O comunicado destacou que o nível 2 de segurança – estado de atenção – foi ativado pela Gestão de Vigilância e Segurança Patrimonial da Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic).

A Fiocruz informou ainda que a Orla do Rio Faria-Timbó foi temporariamente fechada devido à movimentação policial, mas que as portarias e as atividades no campus permanecem funcionando normalmente, com segurança monitorando a situação.

Detalhes do ocorrido

A operação policial teria como alvo criminosos que fugiram da comunidade de Manguinhos para áreas próximas à Fiocruz. Apesar do susto causado pelo projétil que atingiu o campus, não houve relatos de feridos.

Reprodução/Redes Sociais

Fiocruz critica ação da Polícia Civil

Por volta das 11h30, a presidência emitiu uma nova nota criticando a ação da polícia civil, alertando que a operação dentro da Fiocruz colocou trabalhadores em risco, leia na íntegra abaixo:

“Na manhã desta quarta-feira (8/1), agentes da Polícia Civil entraram descaracterizados e sem autorização no campus da Fiocruz (campus Manguinhos-Maré), no Rio de Janeiro, para o que seria uma incursão na comunidade de Varginha.

Um projétil atingiu o vidro da sala de Automação, do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), fábrica de vacinas da Fiocruz, e uma trabalhadora recebeu atendimento médico por conta dos estilhaços.

Um supervisor da empresa que presta serviços para a Gestão de Vigilância e Segurança Patrimonial da Fiocruz foi levado pelos policiais de forma arbitrária para a delegacia, algemado. O vigilante fazia o trabalho de desocupação e interdição da área como medida de segurança para os trabalhadores, alunos e demais frequentadores do campus, no momento da incursão policial, e foi acusado de dar cobertura a supostos criminosos que estariam em fuga.

Toda a ação da Polícia Civil ocorre de forma arbitrária, sem autorização ou comunicação com a instituição, colocando trabalhadores e alunos da Fiocruz em risco. A Polícia permanece, até o momento desta publicação, no campus da Fiocruz.”