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PM é morto e colocado em carro solto em ladeira no Rio de Janeiro

A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso.

Reprodução
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Rio de Janeiro - O policial militar Marco Antonio Matheus Maia, de 37 anos, foi brutalmente assassinado na manhã desta quarta-feira (4), na Rua Orica, acesso à Comunidade do Quitungo, em Brás de Pina, Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com a PM, o militar, estava de folga e seguia para uma consulta médica, sendo reconhecido por criminosos e morto com um tiro de fuzil.

Corpo é usado em ato chocante

Após o assassinato, os bandidos enrolaram o corpo do policial em um lençol branco e o colocaram dentro do carro. Em seguida, o veículo foi jogado ladeira abaixo, atingindo o muro de uma casa. Imagens flagradas pelo Globocop mostram o momento em que o carro desce desgovernado pela ladeira.

De acordo com testemunhas, um morador tentou se aproximar para entender o que estava acontecendo, mas foi empurrado pelos criminosos, que fugiram logo em seguida.

Histórico e velório do militar

O sargento Marco Antonio Matheus Maia estava na Polícia Militar há 13 anos e era lotado no 41º BPM (Irajá). O velório do militar será realizado nesta quinta-feira (5), às 8h30, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio. O sepultamento está previsto para 13h30.

Operação Torniquete e a onda de violência

O crime ocorreu na mesma região onde três ônibus foram incendiados, em represália a uma megaoperação no Complexo da Penha, realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) na terça-feira (3). A Operação Torniquete, que contou com cerca de 900 agentes, teve como objetivo cumprir mandados de prisão e desarticular lideranças do tráfico.

Durante a operação, 13 pessoas foram presas, 23 veículos recuperados, mais de 1 tonelada de drogas apreendida e uma central de crimes financeiros foi desativada. Segundo o Secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, a operação foi “um sucesso” e marcou o início de uma série de ações para combater o crime organizado no Rio de Janeiro.

Disputas de território e comando do tráfico

Investigações apontam que o Complexo da Penha é o principal ponto estratégico para o comando de disputas territoriais, além de ser o local onde são coordenados roubos de veículos e cargas que financiam a compra de armamento e o pagamento de benefícios para parentes de criminosos presos.

A operação contou com o apoio da Polícia Militar, do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público e das polícias civis do Pará e do Ceará. A Delegacia de Homicídios da Capital segue investigando o caso.