
Na tarde desta quinta-feira (30) no Instituto Médico Legal (IML), no Rio de Janeiro, onde parentes de mortos na megaoperação dos complexos do Alemão e da Penha se reúnem para pedir justiça e agilidade na liberação dos corpos. (Vídeo abaixo)
Durante o ato, a Avenida Francisco Bicalho chegou a ser bloqueada por manifestantes, que deram as mãos e ficaram de joelhos em frente à unidade. A via foi liberada por volta das 18h25, após quase uma hora de interdição.

Manifestantes reclamam de demora e falta de informações
Cerca de 30 pessoas participaram do protesto, afirmando que o IML teria interrompido os reconhecimentos e informado que “ninguém mais entraria hoje” para identificar vítimas. As famílias pediram respeito, celeridade e transparência no processo de liberação dos corpos.
“A gente só quer enterrar nossos parentes com dignidade”, disse uma das manifestantes, emocionada.
Identificação dos corpos será feita com técnicas forenses
A Polícia Civil esclareceu que o reconhecimento visual dos corpos não é utilizado no estado do Rio, por ser um método falho e impreciso. Segundo o órgão, as identificações estão sendo realizadas por meio de exames técnicos de perícia forense, como impressões digitais, DNA e arcada dentária.
O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, informou que 15 corpos já foram liberados e cerca de 50 identificados, enquanto o restante depende de cooperação entre as polícias técnicas de outros estados, já que muitos mortos não eram do Rio de Janeiro.
Megaoperação teve mais de 120 mortos
A megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, com 121 mortes confirmadas, incluindo quatro policiais. De acordo com o governo estadual, todos os outros mortos estavam ligados ao crime organizado, mas familiares contestam essa versão e pedem investigação independente.
Acesso ao IML está restrito durante o processo
A Polícia Civil informou que o acesso ao IML está limitado a policiais civis e membros do Ministério Público, conforme determina a ADPF 635, conhecida como ADPF das Favelas, que estabelece diretrizes para o controle de ações policiais em comunidades. O órgão destacou ainda que todo o trabalho é acompanhado por peritos independentes do MP e que os resultados serão anexados aos autos do processo.
 
											 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
