Reprodução/Redes Sociais
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Uma das ‘supostas mortes’ mais comentadas da megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, foi a de Penélope, conhecida pelos apelidos “Japinha do CV” e “musa do crime”. Apontada pelas forças de segurança como uma das principais combatentes do Comando Vermelho, inicialmente foi divulgado que ela teria sido alvejada por um tiro de fuzil após resistir à abordagem policial durante a ação de terça-feira (29/10), entretanto Japinha não morreu. Nesta terça-feira (04/11) a Polícia Civil confirmou que nenhum corpo feminino foi encontrado nas áreas onde as ações ocorreram.

De acordo com as investigações, Penélope atua na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos estratégicos do tráfico.

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Imagens que circulam nas redes sociais mostram a jovem ostentando armas de grosso calibre e fazendo poses em trajes táticos, o que alimentou sua fama como uma das figuras femininas mais conhecidas do crime organizado no Rio.


O papel de Penélope dentro do Comando Vermelho

Fontes da investigação apontam que Penélope tem função de “combatente de linha de frente” dentro da estrutura do Comando Vermelho, sendo responsável pela defesa de territórios dominados pela facção. Ela também ajuda na logística de fuga de criminosos em caso de confrontos, especialmente na região da Penha, que é considerada uma das bases estratégicas do grupo.


Megaoperação mobilizou mais de 2,5 mil agentes

A ação desta semana é considerada a mais letal da história do estado, com pelo menos 132 mortos, incluindo quatro policiais, dois militares e dois civis. De acordo com a Polícia Civil, o objetivo era cumprir mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho (CV), incluindo 30 foragidos de outros estados que estavam escondidos nas comunidades do Alemão e da Penha.

A operação também contou com o apoio de promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que identificaram uma rede interestadual de expansão da facção.


Lideranças do Comando Vermelho sob investigação

As investigações do Ministério Público do Rio (MPRJ) apontam que o foragido Doca, de 55 anos, é o principal líder do CV no Complexo da Penha e em áreas como Gardênia Azul, César Maia e Juramento. Outros nomes de destaque incluem Pedro Bala, Gadernal e Grandão, todos citados em denúncias do MPRJ por chefiar o tráfico armado em comunidades recentemente tomadas da milícia.

Divulgação/Disque Denúncia

“Japinha do CV”: de ostentação nas redes à linha de frente no crime

Nas redes sociais, Penélope exibia rotina de luxo, armas e poder, o que a tornou uma figura emblemática entre os jovens ligados ao tráfico. Ela costumava publicar fotos com fuzis e roupas camufladas, descrevendo-se como “guerreira do movimento”.

De acordo com fontes da polícia, esse tipo de comportamento atrai jovens para o crime, transformando criminosos em ícones dentro das comunidades, algo que tem sido monitorado com atenção por equipes de inteligência.