O que Moraes vai fazer no Rio de Janeiro após a megaoperação mais letal do país?
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O Rio de Janeiro recebe, nesta segunda-feira (3), a visita do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ele viaja ao estado para participar de uma série de reuniões com autoridades locais a respeito da megaoperação que registrou 121 mortes na última semana.

A agenda no Rio de Janeiro inclui um encontro com o governador Cláudio Castro. A conversa será realizada no Centro Integrado de Comando e Controle da Polícia Militar, onde serão discutidos os desdobramentos da ação policial.

Intervenção do STF no caso

O envolvimento do ministro com o tema ocorre por causa da ADPF das Favelas, processo que acompanha a letalidade policial no Rio de Janeiro.

Moraes assumiu a relatoria temporariamente após a aposentadoria do ministro Luis Roberto Barroso, enquanto o substituto ainda não foi indicado pelo presidente Lula.

No domingo (2), Moraes determinou que todos os elementos relacionados à operação fossem preservados e devidamente registrados. A medida respondeu a um pedido da Defensoria Pública da União.

Megaoperação teve recorde de mortes

A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu a perícia e autorizou a liberação dos corpos dos 117 suspeitos mortos durante a ação contra o Comando Vermelho. Os outros quatro mortos eram agentes das forças de segurança e já foram sepultados.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, 115 suspeitos já foram identificados. Desses, mais de 95% tinham ligação com a facção criminosa Comando Vermelho e 54% eram oriundos de outros estados.

A Polícia também informou que 59 possuíam mandados de prisão em aberto, enquanto pelo menos 97 tinham registros criminais considerados relevantes.

Apenas 17 dos mortos não apresentavam histórico criminal. Ainda assim, o governo do Rio de Janeiro afirma que 12 deles exibiam sinais de envolvimento com o tráfico em publicações feitas nas redes sociais.