Mortes no Rio ganham repercussão internacional

A “Operação Contenção”, deflagrada contra a facção Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, mobilizou cerca de 2.500 agentes e foi marcada por intensos tiroteios, uso de drones com explosivos pelos criminosos e colunas de fumaça visíveis em toda a cidade. Inicialmente, o número oficial de vítimas era de 64, incluindo quatro policiais.

No entanto, o balanço foi atualizado para 130 mortos após a localização de dezenas de corpos em uma floresta próxima às comunidades na quarta-feira (29).

Reações Globais

A violência da operação ecoou em diversos continentes, com veículos de imprensa e organizações internacionais usando termos fortes para descrever os acontecimentos.

• Organização das Nações Unidas (ONU): Através de seu perfil na rede X, a ONU declarou-se “horrorizada” com a operação, que “já teria resultado na morte de mais de 60 pessoas”. O Alto Comissariado para os Direitos Humanos pediu investigações rápidas e eficazes e relembrou às autoridades suas obrigações perante o direito internacional humano.
• Imprensa Europeia: Jornais como o britânico The Guardian e o espanhol El País classificaram o evento como o “pior dia de violência da história do Rio” e uma “jornada de caos colossal”. O francês Le Monde e o alemão Süddeutsche Zeitung mencionaram uma “situação semelhante a uma guerra civil”.
• Américas e Outras Regiões: O New York Times destacou o uso do termo “narcoterroristas” pelo governador Cláudio Castro, enquanto o argentino Clarín reproduziu em seu site a frase “não é Gaza, é o Rio”. A repercussão estendeu-se a países como Gana, Malásia, África do Sul e Hong Kong.