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Grupo planejava ataque a bomba ao show de Lady Gaga

Ação da Polícia Civil em Copacabana frustra plano de ataque com bomba no show da Lady Gaga. Veja os desdobramentos.

Show em Copacabana reuniu 2,1 milhões de pessoas, segundo a Riotur | Foto: Marcelo Piu/Riotur
Show em Copacabana reuniu 2,1 milhões de pessoas, segundo a Riotur | Foto: Marcelo Piu/Riotur

Rio de Janeiro - Uma operação policial coordenada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública identificou e neutralizou uma ameaça de ataque com explosivos durante o show gratuito da cantora Lady Gaga em Copacabana, realizado neste sábado (3). Um homem foi preso em flagrante no Rio Grande do Sul por porte ilegal de arma de fogo e um adolescente foi apreendido no Rio de Janeiro por armazenamento de pornografia infantil.

A ofensiva, batizada de Operação Fake Monster, teve como foco desarticular um grupo que propagava discursos de ódio nas redes sociais e planejava ataques contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+. Segundo as autoridades, os suspeitos estavam recrutando participantes — inclusive menores de idade — para ações violentas com uso de coquetéis molotov e explosivos improvisados, tratando tudo como um “desafio coletivo” em busca de visibilidade nas redes.

Além das prisões, a operação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em nove cidades nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Foram apreendidos dispositivos eletrônicos e materiais que agora passam por análise pericial.

Os envolvidos atuavam principalmente em plataformas digitais, promovendo a radicalização de adolescentes, incentivando automutilaçãopedofilia e a prática de crimes de ódio como forma de identidade e desafio em grupos virtuais.

A força-tarefa contou com a participação de equipes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV)Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI)Coordenadoria de Recursos Especiais (Core)19ª DP (Tijuca) e o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do MJSP.

A operação evitou que a ameaça colocasse em risco a segurança dos mais de 1,6 milhão de pessoas esperadas no evento, reafirmando o compromisso das autoridades com a proteção da vida e a prevenção de crimes virtuais e extremismo juvenil.