Dino atribui caos no Rio a facções "ultracapitalizadas"

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), atribuiu à “ultracapitalização” das facções criminosas a situação de caos no Rio de Janeiro. A declaração foi dada durante o Fórum Nacional Brasil Export Infraestrutura 2025, um dia após a megaoperação da Polícia Civil contra o Comando Vermelho (CV) que resultou em ao menos 132 mortes tornando-se a ação mais letal da história da capital fluminense.

“Por que que está esse caos lá? Porque as facções criminosas estão ultracapitalizadas, certo? E elas se capitalizam como? Só vendendo droga? Não, é dentro do mercado formal. Foi-se o tempo em que as facções criminosas no Brasil viviam apenas de mercado ilegal”, afirmou Dino. O ministro, que já comandou o Ministério da Justiça, listou atividades como garimpo, mercado imobiliário e o setor de combustíveis como fontes de renda desses grupos.

O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), em entrevista à CNN Brasil, defendeu a operação, classificando-a como “planejada”. Segundo ele, a ação teve investigação de um ano e um planejamento de 60 dias, com a participação do Ministério Público. O governo federal aguarda uma decisão judicial para transferir presos do Rio como parte das medidas para conter a crise.